“Ela disse, ‘vai na fé’, eu fui, mas não deu tempo”, assim resumiu Carlos Henrique dos Passos Mazur, de 35 anos, que na manhã desta terça-feira (23) viu o filho nascer no trânsito da Avenida Visconde de Guarapuava, no Centro de Curitiba. Paulo Henrique sequer esperou chegar até a Maternidade Nossa Senhora de Fátima. “Não nasceu, estreou, chegou chegando”, brincou o pai, depois de todo o susto que ele e a esposa passaram.
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Carlos, que é supervisor de vigilância, contou que era pouco antes das 8h quando saiu de casa com a esposa, a analista de sistemas Roberta Mazur, de 33 anos. Sentindo as dores das contrações, a mulher ainda conseguiu tomar banho para sair de casa, mas como os dois moram em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no caminho, a situação apertou.
Quando os dois já estavam muito perto da maternidade, as dores de Roberta aumentaram. “Eu acessei a Visconde de Guarapuava e ela começou a sentir dores muito mais fortes. Me pediu que eu apressasse e eu realmente tentei apressar, mas o trânsito era intenso e não tinha muito o que fazer”, contou Carlos.
Em meio as dores, Roberta falou ao marido: “vai na fé”. “E eu realmente fui, me apressei o máximo que pude, mas quando vimos, meu filho já estava nascendo. A cabecinha dele já estava saindo ali mesmo, no trânsito, enquanto eu dirigia, num congestionamento enorme. Tentei cruzar as ruas com sinal aberto o mais rápido possível, mas não deu tempo não. No fim, subi na calçada e paramos, quase em frente à maternidade”.
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Carlos chamou as enfermeiras do hospital e pediu ajuda, dizendo que seu filho tinha nascido. “O pessoal ainda perguntou se estava para nascer e eu falei ‘não, já nasceu mesmo, dentro do carro’, e aí vieram nos ajudar, cortaram o cordão umbilical e levaram a gente para o quarto”, detalhou o pai, que ainda não sabia se dava risada ou se chorava.
Depois de serem colocados para dentro do hospital, o pequeno Paulo Henrique passou por todos os procedimentos comuns após o nascimento e estava saudável. O bebê, que é o segundo da família, nasceu de 37 semanas, com 2,7 quilos e 46 centímetros.
Depois do susto, Carlos comentou que tanto ele quanto Roberta quase morreram do coração. “Ela, além das dores do parto, pelo nervosismo da situação. E eu por estar no trânsito, sem ter muito o que fazer. Minha esposa queria que eu assistisse ao parto, mas não precisava ter sido um parto tão exclusivo assim, só pra mim, né?”, disse o homem, que embora toda a situação ainda conseguia enxergar tudo com bom-humor. “Mas só porque agora está tudo bem, porque o desespero foi grande”.
O nascimento de Paulo Henrique não foi da forma que o casal planejou, mas o importante é que ele está bem. “Não nasceu, estreou. E se me perguntarem em qual maternidade meu filho nasceu, vou responder que em nenhuma, foi no carro mesmo”, brincou o pai.
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