“Os bosques de Curitiba nos dizem muito mais sobre a cidade do que a gente imagina”. A afirmação é do ambientalista José Álvaro Carneiro, que lança amanhã o livro Bosques de Curitiba. A publicação, apoiada pelo Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet, faz um registro detalhado de 15 áreas públicas e uma particular espalhadas pela capital. “Esses espaços, de certa forma, explicam de que maneira a nossa cidade foi crescendo nos últimos anos”, diz.
Com 160 páginas, o livro conta com textos do próprio José Álvaro e fotos de sua filha, Mariana Carneiro. O autor afirma que não se trata de uma obra técnica, mas a publicação traz informações históricas com a ficha técnica de cada um dos espaços. “Esse livro nasceu através das minhas observações durante minhas caminhadas no Bosque do Papa, onde eu percebi que esses lugares têm muito a nos oferecer”, explica.
Atualmente dirigindo o Complexo Pequeno Príncipe, Carneiro tem uma vasta experiência dentro área ambiental. Fundou instituições como a Associação Pró-Juréia, Fundação Mata Atlântica e Liga Ambiental do Paraná, e também esteve à frente do Ibama no Paraná e da Secretaria Executiva do Conselho do Litoral do Estado do Paraná. Justamente por entender do assunto, o autor acredita que os bosques da cidade de Curitiba são lugares que poderiam ser utilizados para abrigar aulas de educação ambiental.
Poucas opções
Para Carneiro, Curitiba poderia ter mais bosques e os que existem poderiam ser mais explorados e até cuidados. “Nem todos são usados para o lazer. Mas tem casos interessantes e até pouco conhecidos, como o que acontece com o Bosque Irmã Clementina, que foca próximo ao Hospital Vitta, da Linha Verde. Lá a própria população cuida da área. E utiliza muito. Já tem outros que foram dominados por usuários de drogas, que é o caso do Bosque Reinhard Maak, no Hauer. Inclusive é um dos mais bonitos da cidade, mas foi tomado pela bandidagem”, diz.
Com o livro, o autor afirma que pretende estreitar a relação do cidadão com a cidade em si a natureza que nela existe. “É uma forma de documentar uma paixão, levar esse conhecimento às pessoas e também mostrar como esses espaços podem ir além do lazer. São lugares que podem ser palcos onde pode ser disseminado o conhecimento sobre o que ocorreu e o que vai acontecer com o meio ambiente do nosso planeta”, conclui.
https://www.youtube.com/watch?v=26yVXpZAE0E&
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