Capão dos trens

O bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, apesar de ser relativamente novo, tem muita história para contar. Criado em 1975, a área que antes pertencia ao Cajuru mudou de nome já que os próprios moradores chamavam o local de Capão da Imbuia porque era um lugar isolado no meio do campo e tinha muita imbuia, árvore extraída para a construção da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá. “O bairro é composto, em sua maioria, por funcionários aposentados das oficinas de manutenção da antiga Rede Ferroviária Federal. Aqui também foi construído o primeiro condomínio da Cohab em 1980”, conta o chefe de gabinete da Regional Cajuru, Mauro José Gabardo.

O bairro cresceu bastante e os moradores têm acesso a uma ampla área comercial e variadas opções de serviço. “Quem mora aqui encontra tudo o que precisa. Para nós que precisamos vender é um lugar muito bom”, afirma a comerciante Lindamir Bida dos Santos, dona da Floricultura Mira há quase 16 anos. No começo, segundo ela, as ruas não eram nem asfaltadas.

A comerciante Rosilda Pereira Inácio também não se queixa do bairro onde mora e trabalha. “Eu compro tudo aqui e só vou para o centro em caso de urgência ou quando preciso ir ao shopping. Antigamente era mais tranquilo, claro, mas ainda é um bairro onde você conhece todo mundo”, conta Rosilda. Ela e seu marido João Adão Inácio são proprietários de uma casa de materiais elétricos em uma das principais vias do Capão da Imbuia, a Rua Delegado Leopoldo Belczak.

Os problemas do bairro são os mesmos há vários anos. Foto: Gerson Klaina.
Os problemas do bairro são os mesmos há vários anos. Foto: Gerson Klaina.

Velhos problemas

Para João, o bairro com certeza teve bons avanços, principalmente depois que as ruas principais foram asfaltadas, mas o rápido desenvolvimento da região e do comércio também trouxe alguns problemas como a falta de segurança para os comerciantes do bairro. “Era um problema que não acontecia há 12 anos, mas muita coisa mudou. Estamos abandonados. Faz muitos anos que não vejo policiamento por aqui. A gente abre uma hora mais cedo e fecha uma hora mais cedo por medo de ficar até tarde”, conta João.

De acordo com a Polícia Militar, o policiamento preventivo e ostensivo na Rua Delegado Leopoldo Belczak e proximidades é feito pelo 20º BPM. As ações são desempenhadas pelas radiopatrulhas da unidade e também pelas Rotams, além do serviço Reservado. Também há uma grande atuação do Bope no local, em operações esporádicas.

Leia mais sobre o Capão da Imbuia.

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