Alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Maria Aguiar Teixeira, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, estão desde o início do ano letivo sem aulas de química. Tanto que o boletim veio sem nota na disciplina. A professora de química (para as turmas da manhã) não tem aparecido para dar aulas. Além das aulas no Maria Aguiar Texeira, ela também leciona no Colégio Estadual do Paraná (CEP), onde o problema é semelhante.
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A auxiliar administrativa Isabel Thurmann, a enfermeira Kellen Audrey e a dona de casa Maria Kanning são mães de alunos do 1º ano do Ensino Médio, do turno da manhã. Elas dizem que já perceberam o problema em março, quando os filhos começaram a telefonar aos pais no meio da manhã para que viessem buscar na escola, porque as aulas já tinham encerrado no dia. Então os filhos contaram que a professora de química não estava aparecendo para dar aula. “Ela deu no máximo umas cinco aulas até agora”, disse Isabel.
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Quando os pais foram questionar a vice-diretora, nova surpresa: nem ela sabia ao certo do porquê das faltas, visto que a professora não avisava, não explicava e de vez em quando apresentava atestado. Conforme Kellen, pior foi saber que o problema já se arrasta pelo terceiro ano consecutivo e não foi resolvido. “A direção nos disse que o problema não tinha sido resolvido porque os pais não reclamavam. E que só resolveria se os pais fossem até o Núcleo (de Educação) acionar a ouvidoria. E que infelizmente nenhum pai tinha tomado aquela atitude até o momento”, lamentou Isabel, que foi ao Núcleo e fez a queixa.
Porém também saiu do Núcleo sem respostas sobre o que vai ser da nota dos filhos, visto que lhe informaram que não havia professor para substituir.
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“Mas independente de qual problema a professora está tendo, nós só queremos que nossos filhos possam repor o conteúdo perdido e que não fiquem sem nota”, disse Kellen. As faltas da professora estão desmotivando os alunos e prejudicando notas de outras disciplinas. “Nos dias das aulas de química, que são duas seguidas, os alunos sabem que terão essa janela de horário e nem querem ir à escola, porque sabem que vão ficar duas horas sem fazer nada”, disse Isabel.
Sem explicação
O diretor do Colégio Maria Aguiar Teixeira, Dario Ivatiuk Júnior, confirmou a situação e disse que a professora leciona às segundas, quartas e quintas para os três anos do Ensino Médio, pela manhã. Disse ainda que desde as primeiras faltas, em 2017, já acionou o Núcleo de Educação. “Mas sem a participação dos pais, o processo anda lentamente. Mas se os pais reclamam na ouvidoria, agiliza o processo”, disse o diretor, explicando porquê está demorando tanto tempo conseguir um substituto.
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Mas ele afirmou que um novo professor de química já foi convocado anteontem e deverá comparecer na escola hoje, para ver se aceita ou não trabalhar ali. Caso aceite, deverá começar a dar aulas amanhã. Caso contrário, os alunos só começarão a aprender química no semestre que vem, visto que este semestre já termina dia 12 de julho.
No CEP também
No Portal da Transparência do Governo Estadual consta que esta professora também dá aulas no Colégio Estadual do Paraná (CEP). A Tribuna telefonou ao CEP e uma funcionária do RH confirmou que a professora também estava faltando ao trabalho, que de vez em quando trazia um atestado e estava tentando entrar de licença.
Como ninguém sabe oficialmente qual o motivo pelo qual a servidora está faltando o trabalho (escolas e Núcleo), a Tribuna optou, por enquanto, por manter o nome da professora em sigilo. A reportagem tentou entrar em contato com a professora, mas não conseguiu localizá-la.
O que diz o Núcleo de Educação?
A Secretaria Estadual de Educação (Seed) emitiu uma nota a pedido da reportagem sobre a situação da servidora:
“A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná informa que a servidora mencionada está afastada por licença médica até o dia 17 de julho. A servidora possui apenas duas faltas injustificadas. A escola deve enviar pedido de substituição para o Núcleo Regional para que o NRE encaminhe o substituto.”
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A nota da SEED não corrobora com as várias faltas relatadas pelos pais e pelo diretor da Escola Maria Aguiar Teixeira, além da funcionária do RH do CEP, já que fala em apenas duas faltas injustificadas. Ao confirmar que a professora está afastada a nota também contradiz a funcionária do CEP, que afirmou que a professora ainda estava tentando conseguir licença.
A intenção da secretaria, segundo sua assessoria de imprensa, foi explicar o procedimento a ser adotado para a eventual substituição da professora. O diretor afirma que o profissional já foi convocado. Enquanto isso, os alunos e pais esperam uma solução.
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