Esperar o ônibus na Rua Jorge Tortato virou prova de resistência. Passageiros que utilizam os ônibus que ligam Curitiba a Araucária e passam pela região do Campo de Santana estão cansados da correria para embarcar nos veículos. Sem estrutura alguma, já que apenas uma placa sinaliza o ponto de parada do coletivo, os usuários da linha Tupi dividem espaço na marquise dos comércios e da igreja do bairro.
Nos dias chuvosos, os passageiros tinham de correr cerca de 50 metros debaixo d’água. “Acho uma falta de respeito. Já perdi o horário do trabalho por não ter conseguido alcançar o ônibus a tempo”, conta Daiane Freire. “Depois que afastaram os pontos das lojas que tinham cobertura piorou ainda mais. Antes nos molhávamos pouco, mas agora não tem jeito. Existe apenas um ponto coberto na rua, porém ninguém o utiliza. Já onde não há cobertura, as pessoas têm de se aglomerar para tentar escapar da chuva em qualquer lugar”, afirma.
Nada feito
Segundo a Constituição, o transporte intermunicipal é competência do Estado, porém a linha Tupi é coordenada pela Companhia Municipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC). A CMTC lamenta que, por ficar fora dos limites de Araucária, não teria autorização nem competência para atender o pedido de criar uma estrutura para pontos na Rua Jorge Tortato. Já a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) explica que não possui nenhuma responsabilidade pela linha.
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