Campo de Santana

Falta de educação

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Moradores do conjunto habitacional Rio Bonito, no Campo de Santana, estão na bronca com a quantidade de lixo abandonado pelas ruas da região. Para encontrar pilhas de caliça, móveis velhos queimados, pneus abandonados e eletrodomésticos quebrados, basta passar pelas ruas Major Arnoldo Maier e Alda Bassete Bertoldi. Por ser pouco habitado, o local se tornou o destino final de todo tipo de lixo.

Situação também é crítica na Rua Major Newton Diniz. Neste ponto, a via conta com um grande canteiro onde estão instaladas duas grandes torres de transmissão de energia elétrica. No gramado do canteiro é possível encontrar pilhas de restos de obras, carcaças de móveis, garrafas de vidro e pedaços de madeira velha.

Ruas do Campo de Santana se transformaram em depósito  de lixo a  céu aberto. Foto: Gerson KlainaQuem vive na região reclama do problema e afirma que os materiais costumam ser deixados na região durante a noite. A aposentada Eva Rosa mora na Moradia Rio Bonito há 11 anos. Ela conta que diariamente surgem novos amontoados de lixo. “Caminho com meu cachorro por aqui e sempre tem um algum móvel jogado ou caliça jogada. Até bicho morto eu já encontrei”, conta.

Descarte dia e noite

Dona Eva revela que já flagrou carros despejando lixo no local pela noite, mas diz que há movimento de veículos durante todo o dia. “Acontece mais no fim da tarde, mas não para. De manhã ou de tarde tem carro chegando aqui e jogando coisa fora. Caminhões também vêm aqui e despejam de tudo, principalmente caliça”, explica.

Ruas do Campo de Santana se transformaram em depósito  de lixo a  céu aberto. Foto: Gerson KlainaO auxiliar de serviços gerais Peterson Henrique de Oliveira, que mora na região há 4 anos, diz que de vez em quando alguns caminhões vão ao local para recolher parte do lixo. “Eles enconstam, descem dois caras e começam a mexer no lixo. Devem ser de alguma empresa de reciclagem. Mas pelo o que percebo, eles só recolhem o necessário. Não levam o resto embora”, diz.

A dona de casa Maria Amélia dos Santos vive na Rua Major Newton Diniz. Ela afirma que o lixo é descartado por pessoas de outras regiões de Curitiba. “Não é gente daqui, senão saberíamos quem era e poderíamos dar uma bronca ou atá denunciar. Isso é coisa de pessoas de outras vilas que aproveitam que aqui é bem calmo e largam de tudo por aqui”, explica. Ela diz que para resolver o problema é preciso haver mais fiscalização por parte da prefeitura e união dos moradores da Moradia Rio Bonito. “Se tiver fiscal e a gente se unir pra tentar flagrar esses mal-educados, talvez a quantidade de lixo diminua ou até acaba por aqui”, ressalta.

Descartes são diários, diz Eva. Foto: Gerson KlainaAção de limpeza

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) informou que técnicos irão fazer uma avaliação do local para programar uma ação de limpeza. A SMMA informa a remoção de móveis, eletrodomésticos e restos de construção civil, até a quantidade máxima de meio metro cúbico (aproximadamente cinco carrinhos de mão) podem ser solicitada pela Central 156.

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