Vovó maratonista

Vitalidade, energia e bom humor são algumas das características de Irena Gonçalves do Nascimento, a diarista e maratonista de 72 anos, que há quase vinte anos começou a correr, cedinho antes de ir trabalhar, e que hoje é exemplo para quem busca um estilo de vida mais saudável.

Irena começou a correr há mais de 20 anos e não parou mais.  Foto: Felipe Rosa.
Irena começou a correr há mais de 20 anos e não parou mais.
Foto: Felipe Rosa.

Nascida e criada na roça, Irena mantém há anos uma rotina puxada, que começa às 5h e que inclui o trabalho das 9h às 17h em uma casa de família, onde presta serviços há mais de 37 anos. Além disso, ainda encontra tempo para os treinos diários de corrida e musculação e para os cuidados com a família: sete filhos, dez netos e uma bisneta, criados por ela com muito amor, apesar das dificuldades enfrentadas após ficar viúva, com apenas 42 anos de idade.

“Comecei a caminhar com uns 55 anos, por conta própria e pouco depois passei a correr. Levava minha filha para a escola a pé às 7h e depois seguia correndo para o trabalho, isso porque me sobrava tempo até as 9h, horário em que eu entrava no serviço. Eram cerca de 10 quilômetros todos os dias e logo a corrida virou minha paixão. Hoje correr é tudo pra mim, é minha saúde, não posso ficar sem e não me imagino sem ela, não pretendo parar tão cedo”, revela. Ela costuma percorrer 10 km em uma hora e seis minutos.

O resultado de todo esse esforço pode ser visto na sala da casa de Irina, no Campo Comprido, onde ela guarda as cerca de 400 medalhas e 100 troféus que acumulou participando de diversas provas. No seu currículo como atleta, soma mais de 20 maratonas e meia-maratonas, uma São Silvestre, diversas corridas de revezamento e mais de uma centena de participações em corridas com percursos mais curtos. Em 2008, aos 66 anos, Irena ficou no topo do ranking da revista Ranking Brasileira de Maratonista na faixa etária de 65 a 69 anos, com o tempo de 4 horas, 38 minutos e 22 segundos em uma maratona (percurso de 42 km).

Sonho

Irena é uma atleta dedicada, nem mesmo um atropelamento sofrido há 12 anos ou uma cirurgia no joelho direito há três anos a fizeram desistir do esporte. Hoje mesmo sem receber nenhum troféu nas provas em que participa – eles só são entregues para atletas femininas que têm até 70 anos – ela segue correndo, literalmente, atrás de seus sonhos.

Agora, o que a vovó maratonista mais deseja é ser aceita pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 como uma das pessoas que conduzirá a Tocha Olímpica em Curitiba. Mais de 10 mil pessoas foram indicadas e o resultado deve sair ainda este mês.

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