Um atendimento razoável diante de uma série de limitações do serviço público de saúde. Em linhas gerais, esse é o conceito que as pessoas atendidas pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Comprido têm sobre o funcionamento da unidade. A enfermeira Michele Fiori, 31 anos, que há mais de dez anos utiliza o serviço, avalia positivamente a UPA. “Hoje, precisei trazer minha filha, que está com conjuntivite, e foi até mais rápido que o normal, esperei menos de uma hora. Normalmente aguardo quatro pra ser atendida”, aponta. “Só ficou faltando o colírio que receitaram, mas isso também faz parte da rotina: alguns medicamentos são fáceis de encontrar e outros nem tanto”.
No caso da segurança C. S., que não quis ser identificada, o atendimento para o marido dela, que entrou em estado grave na UPA, estava correto. “O problema é que eles não estão conseguindo leito em nenhum hospital e o coração do meu marido está muito fraco, mas aqui eles estabilizaram a situação”.
Sem raio X
Uma visita da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Curitiba à unidade diagnosticou a necessidade de um equipamento de raio x para a UPA do Campo Comprido, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) avalia que a estrutura física atual não comporta instalação do serviço de radiologia no local. De acordo com a prefeituram, foi feito um levantamento para a construção de um anexo ao imóvel, porém o terreno não possui área útil disponível.
A secretaria orienta que os pacientes que necessitam de exames radiográficos sejam encaminhados para a UPA Fazendinha com transporte feito pela prefeitura.
Problemas pontuais
A Secretaria de Saúde reconhece que eventualmente ocorre falta de medicamentos, por desabastecimento no almoxarifado. A disponibilização de medicamentos nas UPAs, no período em que as unidade básicas encontram-se abertas, é feita da seguinte forma: dispensados antibiótico (tratamento completo), analgésicos e antitérmicos. Para medicações de uso contínuo, a orientação é retirar na unidade básica de saúde frequentada pelo usuário.