O técnico de qualidade Amarildo Mazeto, 46 anos, sempre desejou ver a Rua Angelo Bom, no Campo Comprido, onde mora há décadas, asfaltada. Só não imaginava que o desejo, realizado no início do ano, iria resultar em novos problemas. A troca do saibro pelo asfalto transformou a via em um atalho para os motoristas irem da Rua Eduardo Sprada ao Instituto de Cardiologia pela Rua Jeremias Maciel Perreto.
Mas não é o aumento do fluxo repentino de automóveis que preocupa Amarildo e outros moradores das poucas casas da rua, que tem 600 metros de extensão, em uma única quadra. O que está causando transtornos é a velocidade que os veículos atingem ao passar por lá, já que a rua é formada por uma subida e uma descida, com diferença de 14 metros do ponto mais baixo ao mais alto.
“Antes, o que incomodava era a poeira do saibro. Agora, os carros passam fácil dos 70 km/h. Da minha casa, não saio da garagem com segurança porque quem vem da rua, vem muito rápido. Já pedi à prefeitura a colocação de uma lombada, mas a resposta é sempre não. Outros moradores também gostariam de algo para diminuir a velocidade, senão, infelizmente, logo vai acontecer um acidente grave”, diz Amarildo.
Só sinalização!
A Secretaria de Trânsito (Setran) informa que a via não se enquadra nos critérios técnicos exigidos pela legislação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para implantação de redutores de velocidade, por causa do declive e aclive acentuados. Há um projeto para implantar sinalização em toda a extensão da rua, com linhas de estímulo à redução de velocidade no trecho mais crítico, que deve entrar em breve na programação de execuções.
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