A baixa no nível da água na Represa do Capivari, em Campina Grande do Sul, é evidente. Basta passar rapidamente pela região para observar a faixa de terra nas encostas que até então eram cobertas pela água. Sem grandes volumes de chuva, a situação já representa transtornos especialmente para moradores do entorno da represa. Mas a represa não é utilizada para a captação de água para consumo e, de acordo com a Copel, o nível baixo não compromete o funcionamento da Usina Hidroelétrica Governador Parigot de Souza, localizada em Antonina, nem o fornecimento de energia.
O setor mais afetado é o que oferece atividades de lazer, já que a região concentra diversos recantos destinados para a pesca e passeios de barco. “Desta vez é o recorde, um dos níveis mais baixos na represa”, relata o morador Amauri Alegro Bandeira, 47, que está na região desde que nasceu.
A situação mais preocupante, porém, é encontrada no Recanto Tio Toni, onde toda a área antes ocupada pela água agora está seca, coberta apenas pela vegetação. Nos finais de semana o local costuma receber em seu acampamento visitantes da grande Curitiba e até dos estados vizinhos, mas nos últimos meses o movimento caiu em 100%.
Usina
A represa do Capivari alimenta a Usina Hidroelétrica Governador Parigot de Souza (com 260 MW), em Antonina, e é acompanhada pela Copel. A empresa informou que os reservatórios não estão sofrendo os efeitos da estiagem e se encontram em nível satisfatório.
Abastecimento
A Sanepar garante que a população de Curitiba e Região Metropolitana não precisa se preocupar com o abastecimento de água. De acordo com a companhia, as quatro estações de tratamento utilizadas como fonte (Passaúna, Iraí, Piraquara I e II) estão com 96% da capacidade e têm autonomia para até oito meses sem chuvas.