A Rádio Plena tem sede no Cajuru, na Rua Antônio Meireles Sobrinho, e por ser transmitida só pela internet, tem ouvintes até no Japão. De forma voluntária, o consultor de recursos humanos José Carlos de Oliveira, 49 anos, abriu a rádio há quase quatro anos, para transmitir formação humana e profissional. Das 9h ao meio-dia, a programação é ao vivo, com notícias, músicas, entrevistas, dicas de sustentabilidade e reflexões. À tarde e à noite, a programação conta com músicas de gêneros variados gêneros e programas gravados, como religiosos e de Elvis Presley.
José Carlos diz que desde criança gostava muito de rádio. Com o tempo, foi entendendo que somente uma voz bonita não era o suficiente e, aos 20 anos, fez curso de locução. A fase final do curso contou com a gravação de áudio numa rádio de Curitiba. A diretoria da emissora gostou e convidou o futuro radialista para testes e, quem sabe, um futuro estágio, mas acabou não dando certo.
Trabalho
Em paralelo com as atividades de corretor de imóveis e consultor de RH, José Carlos fez vários trabalhos em rádios nos anos seguintes. Também é muito atuante na capital com trabalhos voluntários, sem contar que acumula a presidência da Associação Empresarial do Cajuru, Capão da Imbuia, Tarumã e região (Aecaj) e a do Conselho de Segurança (Conseg) do bairro.
Em 7 de setembro de 2011, o radialista abriu a Rádio Plena. “Não dá para querer competir com as rádios AM e FM. Então decidi transmitir pela web. Aqui eu treino, brinco e me divirto”, analisa José Carlos, que tem mais ouvintes no Rio Grande do Sul do que no Paraná. Sua audiência cativa chega a vários estados brasileiros (Bahia, Ceará, interior de São Paulo e Rondônia) e até fora do País, como no Chile, Costa Rica, Estados Unidos, Espanha e Japão.
Histórias da vida
Entre as histórias que viveu diante do microfone da Rádio Plena, algumas marcaram a sua vida. Uma delas foi evitar um suicídio. “Aquele dia eu estava inspirado. Falei muito sobre a vida e suas facetas. Depois um homem veio me visitar. Disse que naquele dia ele tinha planejado se matar. Me agradeceu, porque as coisas que falei no rádio o fizeram seguir em frente”, relata.
Outra história foi a de uma família que estava falida, com marido e mulher sem emprego, endividados e com filhos adolescentes. Foi durante uma semana que José Carlos decidiu falar sobre qualificação profissional, principalmente das possibilidades na área doméstica. “Esse casal apareceu aqui, conversei mais um pouco com eles e dei mais algumas dicas que não foram ao ar. Passado um tempo, vieram me contar que conseguiram empregos, ambos como domésticos. Ela trabalha numa casa, ele, em outra. Juntos, acho que conseguem tirar limpo, por mês, uns R$ 4 mil. Se reegueram”, conta José Carlos.