Promessa velha

Ao lado do terminal do Capão da Imbuia, espaço vai ter atendimento de órgãos como Urbs, Copel e Sanepar. Fotos: Cicíro Back

A construção da Rua da Cidadania do Cajuru é mais um projeto que está demorando para se tornar realidade. A obra já tinha sido prometida na gestão do ex-prefeito Luciano Ducci e começou a ser construída no final de novembro de 2011, mas pouco avançou. Em julho do ano passado Gustavo Fruet também anunciou que entregaria o espaço para a população até o final do ano.

Ao lado do terminal do Capão da Imbuia, espaço vai ter atendimento de órgãos como Urbs, Copel e Sanepar. Fotos: Cicíro Back
Ao lado do terminal do Capão da Imbuia, espaço vai ter atendimento de órgãos como Urbs, Copel e Sanepar. Fotos: Cicíro Back

A nova Rua da Cidadania está sendo construída próximo ao Terminal Capão da Imbuia, na Rua Prefeito Maurício Fruet. “Desde que moro aqui está para sair essa Rua da Cidadania, mas até agora nada”, afirma o comerciante João Adão Inácio, que mora no bairro Capão da Imbuia há 12 anos. A demora da obra foi destacada na última edição da Tribuna Regional Cajuru.

Segundo o chefe de gabinete da Regional Cajuru, Mauro José Gabardo, cerca de R$ 11 milhões estão sendo investidos na construção da Rua da Cidadania. De acordo com a prefeitura, as obras estão em fase final, faltando a execução dos serviços de acabamento, como pintura, paisagismo e serviços relacionados à área externa na Praça Central.

Área externa da praça central é a parte mais atrasada da obra.
Área externa da praça central é a parte mais atrasada da obra.

Ocorreram atrasos devido à necessidade de adequações nos projetos complementares da obra e atualmente a prefeitura está revendo cronograma de pagamento à empreiteira”, explica Gabardo. A nova previsão de entrega é para o início de maio.

A nova Rua da Cidadania funcionará como uma subprefeitura e coordenará a atuação de secretarias e outros órgãos nos bairros de abrangência da Regional. Os moradores da região terão acesso mais rápido a órgãos como Secretaria Municipal de Saúde, Agência do Trabalhador, Copel, Sanepar, Urbs, Conselho Tutelar, Fundação de Ação Social e Fundação Cultural de Curitiba.

Loreci: “Ia facilitar nossa vida”.
Loreci: “Ia facilitar nossa vida”.

Além desses serviços, também será possível encontrar bancos, correios, farmácia e uma quadra coberta para esporte e lazer. “Para nós que moramos aqui na região faz falta ter uma rua da cidadania, porque ia facilitar muito a nossa vida. Eu tenho algumas contas para pagar e preciso andar bastante para achar um banco”, comenta a zeladora Loreci de Oliveira, 52 anos.

Para a bióloga Wânia Martins, 41, além de ser uma necessidade dos moradores, a demora em terminar as obras também é um problema com o abandono do local. “Está tudo abandonado e os vândalos acabam depredando a estrutura”, conta Wânia. Quem passa pelo local observa vidros e janelas quebradas e pichações em várias partes da obra.

Terminal pede reforma

O comerciante João Adão Inácio também reclama que há muitos anos se fala em obras para a melhoria do terminal do Capão do Imbuia, mas o projeto nunca sai do papel e os problemas continuam. Para a enfermeira Silvia Cristina dos Santos, 40 anos, o terminal é muito pequeno para a demanda da população. “Em horário de pico chega a fazer fila de gente e também de ônibus esperando para deixar ou pegar passageiros. Congestiona muito e isso aqui vira um caos”, comenta.

De acordo com a Urbs, há um projeto de reforma e ampliação do terminal tanto para melhorar o atendimento da demanda atual e também atender a demanda prevista com a requalificação do Ligeirinho Inter 2 e a implantação do Ligeirão Leste/Oeste. A reforma está contemplada no projeto de requalificação que será licitado ainda neste ano.

Conservação e pouco espaço são as principais queixas dos usuários.
Conservação e pouco espaço são as principais queixas dos usuários.

Para o agente de fiscalização do terminal, Rogério de Castro, 52, o espaço está abandonado e precisando de muitas obras de reforma. Além do terminal já não comportar todo o fluxo de passageiros, outros problemas também existem e poucas pessoas reclamam como as goteiras por todo o terminal. “Aqui chove demais e os telhados ficam cheios de água. Mesmo em dias de sol as goteiras não param. O telhado acumula água e isso é um foco para o mosquito da dengue”, relata Rogério, que também aponta a falta de banheiro para os funcionários e motoristas.

Segundo a Urbs, a limpeza dos terminais é feita por equipes que ficam no local, mas quando necessário são feitos reparos e obras de manutenção. No caso do terminal do Capão da Imbuia, será feita em breve uma lavagem geral do teto, assim como em outros terminais que têm cobertura com domos, assim como será feita uma revisão de todos os pontos de junção dos domos e das calhas, com conserto imediato quando necessário.
O órgão responsável pela gestão do transporte coletivo ressalta que este tipo de teto facilita a acumulação de folhas e sujeira, o que pode prejudicar o correto escoamento da água. Com chuvas fortes e concentradas, esse problema tende a se agravar.

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