Os moradores da Travessa Laurindo Antônio Segala, no Cajuru, recuperaram a qualidade de vida há cerca de duas semanas, quando a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) finalmente limpou as redes de coleta de esgoto e água pluvial da rua e instalou válvulas de retenção, resolvendo, a princípio, o problema de refluxo de dejetos no local.
A solução só veio depois que a Tribuna relatou, na edição de 16 de fevereiro, o sofrimento da consultora de vendas Rosângela Marafião, 37 anos. Há oito meses, ela não podia dar a descarga nos banheiros de sua casa sem ver os detritos voltarem pelo ralo do banheiro ou pela caixa de gordura. “Agora o esgoto parou de voltar, está tudo arrumadinho. Pena que eles esperaram a gente quebrar o banheiro todo por conta pra virem aqui resolver o problema”, diz a filha de Rosângela, Raeyra Marafião, 19. A família havia chamado um pedreiro para tentar resolver a situação devido à morosidade da Sanepar.
Na casa da aposentada Clener Luiza dos Santos Souza, 61, o tormento também passou. Quando chovia, o esgoto da rede invadia a residência pelos ralos. Muitos móveis se danificaram de tanto molhar. “Na semana passada choveu forte e não deu problema. Parece que agora resolveu”, diz o neto da idosa, Jefferson Braga, 14.
A Sanepar informou que o entupimento das redes de coleta de esgoto e água pluvial do bairro ocorreu devido ao mau uso da população. A empresa identificou ligações irregulares em 10% das residências do Cajuru.