Via movimentada no Cajuru, a Rua Maceió precisa de melhorias. É o que dizem pessoas que passam diariamente pelo local, especialmente os moradores da região. Em pouco mais de dois quilômetros de extensão, a pista alterna entre trechos com pavimento em boas condições, mas também oferece riscos a motoristas e pedestres em partes esburacadas. Outro problema é a falta de calçadas em quase todo o trajeto.
A situação mais crítica se encontra entre as ruas Niterói e Sebastião Marcos Luiz, com vários buracos na pista, que obrigam os motoristas a seguir na contramão para desviar do problema. Os carros ainda dividem espaço com os pedestres, que precisam caminhar pela rua por causa da falta de calçadas – o que se repete por quase toda a Rua Maceió, inclusive em frente a escolas. “É muito ruim, os carros passam e jogam água na gente, não respeitam”, reclama a telefonista Liset de Almeida Jacinto, 56, que mora no local.
Ela conta que o problema piora nos períodos de chuva, quando mais buracos abrem na pista, como aconteceu no final de dezembro passado. “Estou aqui há 35 anos e foi sempre assim”, diz a moradora, que até se acidentou por causa das condições da rua. “Eu já caí quando fui desviar de um carro. Tropecei num buraco”.
Sem obras
A realização de melhorias por toda a Rua Maceió não está prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015, mas, de acordo com a Prefeitura de Curitiba, a Regional do Cajuru realiza vistorias permanentes no local e, “quando necessário, solicita manutenção na via através do Distrito de Manutenção Urbana, que realiza a operação tapa-buracos”.
Já a instalação e manutenção de calçadas nas vias que possuem pavimentação é responsabilidade do proprietário do terreno – seja ele edificado ou não – conforme prevê a Lei Municipal 11.596/2005. A secretaria Municipal de Urbanismo presta informações sobre as disposições exigidas pela lei. É possível entrar em contato pelo telefone 3350-8484.
Ratos e bichos
No cruzamento com a Rua Teófilo Otono, o problema é causado por um córrego que passa pelo local. Há aproximadamente oito anos o córrego passou por melhorias que evitaram o desmoronamento do leito, além de construção das pontes de acesso às casas. Porém, o que ainda incomoda quem mora por ali é o mau cheiro e os ratos que habitam a região.
“Demoram muito pra limpar e surge muito rato, os ratos são enormes, entram nas nossas casas”, conta a dona de casa Maria Aparecida da Silva Carneiro, 65, que há 30 anos mora em frente ao córrego. Um de seus vizinhos, inclusive, morreu vítima da leptospirose. “Pelo menos depois que mexeram aqui a água não esparrama mais, mas tinham que fazer a limpeza por causa do cheio ruim”, diz.
Para o também morador Guilbert Pereira Kapão, 21, a preocupação maior é com a saúde das crianças. “A situação com os ratos é feia. Tem que cuidar com as crianças porque a gente coloca veneno por tudo”, relata. De acordo com ele, apesar do fim dos alagamentos, muitas pessoas contribuem para a poluição no córrego jogando lixo no local, o que atrai ainda mais bichos. Ele também critica as condições do asfalto. “Só fazem tapa-buraco, mas aqui na frente já tá começando a ceder. Também não tem sinalização, só pintaram na frente da escola”, aponta.
Uma das orientações do município sobre a situação do córrego é que a população evite jogar lixo próximo ao local, evitando, desta forma, problemas como a proliferação de ratos e outros animais que trazem risco à saúde. De acordo com a Regional Cajuru, o córrego da Rua Teófilo Otono “recebe ações de roçada e limpeza permanentemente”.
Além disso, é possível solicitar a desratização programada junto ao Centro de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, que realiza o serviço em áreas de risco para a transmissão de leptospirose. A solicitação pode ser feita pela Central 156.