Formado por 23 ruas de oito bairros centrais de Curitiba, o Anel Viário existe há dois anos e suas benfeitorias são invisíveis para boa parte das pessoas que usufrui diariamente dessa iniciativa em prol da mobilidade.
Trabalhando há 15 anos em uma loja da rua Teffé, no bairro Bom Retiro, a vendedora Simone Bueno foi surpreendida com a “novidade”.
“Na minha percepção não mudou nada por aqui”. E ela não foi a única a revelar a completa ignorância sobre as transformações viárias da região. “Nem sabia que tinha Anel, pois o trânsito continua complicado nos horários de almoço e final do dia, mas é um problema generalizado”, comentou a empresária Flávia Barbosa.
“Com ou sem anel viário, o trânsito para”. Também circulando pela mesma região, o motorista Luiz Fernando Bim, que acompanhou toda a execução do projeto, reclama do resultado final.
“A ideia era melhorar o trânsito e vi o contrário acontecer. No final do dia, até de moto fica complicado circular nessa região”, avalia.
Para os taxistas João Balduíno, 15 anos de profissão, e Carlo Roberto da Silva, 10 anos de profissão, o Anel Viário não é uma solução isolada. “Mudou o trânsito da cidade, as pessoas precisam se conscientizar sobre o uso de outros meios de transporte e de dar carona para que o fluxo seja melhor”, alerta Silva.
No Anel, as vias funcionam como paralelas em sentido contrário (binários) ligando os bairros sem cruzar o centro.
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), responsável pelo projeto, integrou nessa ação os bairros: Rebouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Batel e Água Verde.
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