Cerca de cinco mil pessoas passam por mês pelo Armazém da Família do Barreirinha e parte delas responde pelo trânsito intenso na região, sobretudo aos sábados, o que tem gerado transtornos para quem reside na região. Alguns moradores reclamam que devido à restrição de espaço para o estacionamento de veículos na Rua José Carlos Puppi, localizada nos fundos do Terminal do Barreirinha, as vias laterais acabam servindo de estacionamento e, muitas vezes, as calçadas também são utilizadas para o mesmo fim.
O programador André Calistro, 25 anos, procurou os Caçadores de Notícias para relatar a situação e explica que já teve uma série de prejuízos por conta dos consumidores do Armazém. “Quebraram a calçada de casa e amassaram o portão, mas ninguém se responsabiliza e o abuso continua, já que os agentes de trânsito não dão conta de tantas infrações”, critica.

continua após a publicidade

Para a proprietária da loja Raio de Sol Presentes Maria Andréia de Oliveira, 28, a retirada das faixas amarelas na Rua José Carlos Puppi poderia minimizar esse tipo de situação. “Eu já fui multada por deixar o meu carro em frente ao meu estabelecimento. O pessoal que deixa os carros nas ruas laterais tenta escapar disso, por isso que o correto seria tirar a proibição, até porque a rua tem um perfil comercial”, defende.

Para a pesquisadora Wanda Costa, 59, a solução passaria pela Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), já que, ao contrário de outros terminais, no do Barreirinha os clientes do Armazém da Família não recebem o carimbo que os habilitaria a ir e voltar com a mesma passagem para quem faz compras.

“Sem isso, muitos deixam para vir de carro aos sábados e fazem a compra do mês”, comenta Wanda. Sobre essa possibilidade, a assessoria de imprensa da Urbs informou que esse tipo de integração entre terminal e Armazém da Família só existe em locais com Rua da Cidadania anexa (Carmo, Pinheirinho, Santa Felicidade e Fazendinha), além do Shopping Popular, no Capão Raso.

continua após a publicidade

No Barreirinha, essa possibilidade é considerada inviável porque não há estrutura para o controle de entrada e saída de pessoas do terminal para o Armazém.

Em relação ao trânsito na região, a Setran explica que por se tratar de uma rua estreita, que não comporta o grande fluxo na região, a solução encontrada foi implantar o sentido único e a proibição de estacionamento em um lado da via para organizar o fluxo e diminuir os conflitos.

continua após a publicidade

Só com carteirinha

Para Calistro, outro ponto que chama atenção entre os frequentadores do Armazém da Família é o padrão dos automóveis que estacionam. “Muitos vêm com carro do ano do nível de Civic e Corola, o que põe em dúvida como se dá o controle da renda”, aponta.

A reportagem foi ao estabelecimento e constatou um controle rígido da documentação exigida, que é uma carteirinha expedida pelas regionais sobre a coordenação da Secretaria Municipal do Abastecimento. Segundo a assessoria da secretaria, somente pessoas que moram em Curitiba e têm renda familiar de até 3,5 salários mínimos  nacionais podem comprar no local.

A prefeitura de Curitiba tem apoiado a adesão de cidades da região metropolitana ao programa, emprestando a logística de abastecimento da capital. Cinco municípios já aderiram: Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Bocaiúva do Sul, Agudos do Sul e Pinhais. A carteirinha para o Armazém do Barreirinha é expedida pela Regional do Boa Vista. Também há um controle da quantidade de alimentos comprados para evitar o desvio de finalidade do programa social que oferece gêneros alimentícios e produtos de higiene e limpeza, a preços menores, em média, 30%.

Serviço:
Horário de funcionamento dos Armazéns da Família de Curitiba: de terça a sexta-feira das 8h45 às 17h15 e aos sábados das 8h30 às 13h.

 

Confira aqui mais informações sobre o cadastramento no programa Armazém da Família.