Moradores do Jardim Santa Efigênia, no Barreirinha, estão na bronca com as condições da Rua Professor Guilherme Butler, que corta a região. De acordo com a vizinhança, no trecho entre a Avenida Anita Garibaldi e a Rua Voltaire, a via tem dezenas de buracos e apresenta diversas rachaduras. Além disso, quem mora na região afirma que neste ponto os motoristas abusam da velocidade.
A aposentada Wilma Moreira, que mora na região há 40 anos, conta que para andar na rua é precisa redobrar a atenção. Segundo ela, há muito fluxo de caminhões e ônibus na via e por se torna perigoso transitar ao longo da Rua Professor Guilherme Butler. “Os motoristas andam muito rápido e como não há calçada, fica muito perigoso. Onde tem calçada, o mato tomou conta e fica complicado de andar”, reclama.
Dona Wilma ainda diz que as péssimas condições da camada asfáltica já deram prejuízo. “Há alguns dias atrás meu marido teve que trocar a suspensão do carro, pois ele passou num buraco que estava coberto de água”, lembra. “Nunca vi a nossa região tão abandonada como ela está hoje. Tá complicado viver aqui”, ressalta.
O autônomo Leônidas Branco Filho, que também é morador do Santa Efigênia há 40 anos, diz que a atual camada asfáltica da Rua Professor Guilherme Butler não está mais dando conta do grande fluxo de veículo que passa pela via diariamente. “Passam muitos caminhões e ônibus e se não colocaram um asfalto decente as condições da ruía só vão piorar”, alerta.
A dona de casa Ana Silvia Pereira Dias conta que antigamente o fluxo de veículos pesados na via era proibido e afirma que faltam redutores de velocidade na região. “Tinha até uma placa, mas agora qualquer um passa e isso ajuda a destruir o asfalto, que é mal feito. É um perigo para as crianças do bairro, porque na descida, os carros aproveitam que não tem lombada e descem ‘chutado’. É bem perigoso. Há dois anos, pedimos pra Prefeitura colocar semáforos, mas nos disseram que ali naquele local não era possível”, lembra.
Ela também reclama do mato que está tomando conta dos poucos trechos de calçada da Rua Professor Guilherme Butler. “A gente tá abandonado em relação ao mato. Pedimos pra Prefeitura vir capinar, mas eles não vieram. A gente não sabe mais o que fazer com o matagal. A prefeitura não limpa porque diz que tem dono, mas ninguém sabe quem é. O problema é que o lugar acaba ficando perigoso porque os drogados ficam ali em plena luz do dia, às 15h. Pra eles é bom porque dá para se camuflar quando a polícia passa pela vila”, reclama.
Procurada pela Tribuna, a prefeitura informa que “a revitalização da Rua Guilherme Butler está na lista de prioridades da Regional Boa Vista, porém condicionada a disponibilidade de recursos orçamentários”. Uma equipe da Secretaria de Trânsito (Setran) vai fazer uma avaliação da sinalização no local. Quanto ao terreno tomado pelo matagal, a Secreteria Municipal do Urbanismo afirma que é de propriedade particular e será vistoriado nos próximos dias.
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