As condições da ciclovia que liga o Parque Barreirinha, na região norte da cidade, ao Passeio Público, no Centro, estão péssimas, segundo ciclistas e pedestres que passam pela via diariamente. Ao longo dos quase oito quilômetros de rota, é possível encontrar todo o tipo de obstáculo que atrapalham a vida dos usuários. De raízes de árvores a pedregulhos, os frequentadores dessa parte da ciclovia encaram diversos problemas na pista e são obrigados a ter atenção para não sofrer nenhum acidente.
A reportagem da Tribuna percorreu o trecho de bicicleta e constatou os problemas na via. Na região do Parque Barreirinha, a travessia da Avenida Anita Garibaldi é complicada, pois não há qualquer sinalização no asfalto para avisar os motoristas. Ainda no bairro, no ponto onde a ciclovia segue a linha férrea, os ciclistas encaram diversos pontos de desníveis na pista por causa das dezenas de raízes de árvore que alteram a superfície do asfalto.
Já próximo ao Parque São Lourenço, há pontos da ciclovia onde o trânsito é dividido entre ciclistas e pedestres sem qualquer sinalização. Nesse trecho também é possível encontrar buracos e mais locais com desníveis na pista. Em uma das descidas, na Rua Rodolfo Reksidler, os obstáculos instalados para diminuir a velocidade das bicicletas são estreitos, o que obriga os ciclistas a desviarem pela via pública.
O segurança Francisco Cândido é morador do Barreirinha e usuário da ciclovia que corta a região. Ele conta que nos últimos anos tem sido complicado pedalar pelo trecho e que só não sofre um acidente por que conhece bem a região. “Há muito buraco e raízes levantando o asfalto. Quando chove fica mais complicado ainda, pois a água acumula e muita gente não vê os obstáculos. Passou do tempo de fazer uma boa reforma na pista”, conta.
Diego Gimoski é profissional de TI e usuário da ciclovia há pelo menos sete anos. Ele reclama das condições da pista e afirma que sinalização da via devia ficar mais distante dos pontos de passagem dos ciclistas. “Fora os buracos, tem muito desnível. Pra gente que anda sempre, é mais tranquilo, mas pra quem não pedala direto fica perigoso. Esses totens de sinalização também atrapalham um pouco, pois estão muito próximos à pista e quando passam duas bicicletas é perigoso”, explica.
Obras só em 2015
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) informou que já obteve recursos e realizou o projeto executivo para a recuperação de 37 km da antiga malha cicloviária de Curitiba – incluindo aí o trecho que vai do Parque São Lourenço até a Avenida Cândido de Abreu. Ainda segundo o órgão, também estão previstos recursos do Banco Mundial, via Associação Nacional de Transportes Público (ANTP), para as obras de recuperação de parte dos 37 km que agora possuem projeto executivo. Em relação ao Circuito Interparques, segundo o Ippuc, o projeto executivo deverá ser realizado em 2014 e as obras têm previsão para 2015.
Confira o vídeo das precárias condições das ciclovias