Alex Romaniuk, 29, confessa: pensa em cerveja 24 horas por dia. Não é por nenhum problema de dependência, mas pela produção artesanal da bebida, atividade a que se dedica desde 2011. “Minha alegria não é encher a cara. Eu gosto de fazer cerveja, criar com variados sabores e aromas. Vale mais beber qualidade do que quantidade”, afirma.
Tanta dedicação rendeu produtos diferentes, que Alex considera sua marca registrada. Entre os sabores mais inusitados está a cerveja com butiá e a que leva como ingrediente principal o mel de mandaçaia, abelha típica brasileira que ele cria em sua casa, no Bairro Alto. “Gosto de desenvolver receitas, pensar em misturas e possibilidades. O que mais empolga é que nunca fazemos a mesma cerveja. Mudando um ingrediente ou a temperatura, o resultado é outro”, conta ele, que já produziu 102 cervejas diferentes.
Muito do conhecimento usado na produção veio da faculdade de Agronomia. Além disso, Alex tem experiência na fabricação de vinho e de hidromel, também artesanais, e lê bastante sobre o assunto. “Temos em Curitiba um dos melhores cursos do Brasil sobre produção de cerveja, mas também é possível aprender bastante lendo e conversando com as pessoas. Dá pra fazer com equipamentos simples, mas que funcionam. Não precisa ser o melhor equipamento do mundo”. O principal cuidado deve ser em relação à higienização do processo, que pode comprometer toda a produção.
O cervejeiro adaptou a área de serviço da casa para preparar a bebida. O que no começo era um hobby está tomando grande proporção. Sozinho, ele chega a produzir 40 litros por semana. “Minha maior alegria é presentear alguém com a minha cerveja. É uma bebida muito social, a mais democrática”, comenta. Já o sonho de fornecer seus produtos para o grande mercado está próximo. O próximo passo será regularizar o produto e, junto com um sócio, ampliar a produção.