Quase completando o primeiro aniversário em obras, a Avenida da Integração, no Bairro Alto, corre o risco de mudar de nome diante do abandono do trecho que inicia na Rua José Oliveira Franco e desce até as imediações da Rua Joaquim da Costa Ribeiro. O local continua sem asfalto e com bloqueios improvisados pelos moradores para impedir a ação de alguns motoristas que, para piorar a situação de quem vive no local, cruzavam em alta velocidade somente para ver a poeira levantar ainda mais. Com isso, os veículos evitam passar por lá e até mesmo em situações de emergência, o Corpo de Bombeiros do Bairro Alto se vê obrigado a desviar da principal ligação para os municípios de Pinhais e Colombo, por conta da impossibilidade de trafegar pelo trecho em linha reta.
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O prazo de entrega da obra completa era dia 17 de setembro, mas um problema com o pagamento da empreiteira simplesmente paralisou por tempo indeterminado a pavimentação do local. “Isso daqui retrata a falta de vergonha na cara dos administradores públicos brasileiros. É uma safadeza de quem só sabe fazer uma coisa com o dinheiro público: roubar”, define indignado o microempresário Rui José de Oliveira Franco. Ele conta que sua esposa lava todo dia a calçada da casa e ninguém consegue abrir uma janela por conta da poeira. “O pó está impregnado no meu carro, e olha que isso ainda estava pior antes de bloquearmos a rua por conta dos motoristas que faziam questão de passar a 70 km/h para levantar ainda mais a poeira”, explica.
Além do desgaste causado, moradores e comerciantes não se conformam com o fato de terem perdido um asfalto novinho para uma promessa de obra que estaria inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade com vistas a Copa de 2014. O proprietário da Pronto-socorro das Festas, Gilberto Cocato Pirajao, que há 13 anos possui seu estabelecimento comercial na avenida, contabiliza múltiplos prejuízos. “O cliente não consegue parar aqui e caiu em 30% o movimento. Além disso, vários funcionários ficaram doentes por conta de problemas respiratórios”. Ele conta que alguns comerciantes da rua desistiram de manter o negócio em função de dificuldades semelhantes.
A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) informou apenas que a obra será retomada em janeiro, mas não precisou a data exata nem explicou o motivo da paralisação.
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