Além dos amores, os dorminhocos roubaram a cena entre os temais mais abordados pelos leitores da Tribuna do Paraná no especial “E se o Interbairros II falasse“. São várias histórias de gente que dormiu no ponto e perdeu o “bonde” da pontualidade.
Divirtam-se.
“Os dorminhocos”
“Sai da casa de uns amigos, sentido ao terminal do Vila Hauer. Havíamos amanhecido jogando baralho e resolvi voltar para casa. Entrei no ônibus as 7h30. Sentei em um banco no fundo, encostado na janela, esperando o ônibus partir. Fechei os olhos, pois estava com muito sono e quando abri percebi que ainda estava parado no terminal do Vila Hauer. Pensei comigo: ‘Nossa, esse ônibus ainda não saiu?’. Só que daí reparei num detalhe. Olhei no relógio e já era mais de meio-dia. Acho que dei umas três voltas na cidade dormindo kkkk”. Abel de Araujo Prado.
“Quinta-feira, 5h. Eu e minha amiga estávamos saindo de uma balada no bairro Mercês. Depois de beber todas a noite inteira, fomos pegar o busão Interbairros Two, pois ele era o primeiro a circular por lá nesse horário. A nossa intenção era descer no Capão Raso, porém deu tudo errado. Ela deitou a cabeça nas minhas pernas e nós dois dormimos no caminho. Foi um cochilo maravilhoso, mas… quando acordamos, vimos que estávamos em frente ao Parque São Lourenço e já era 9h. Entrei em desespero, pois precisava trabalhar e estava longe de casa. Ficamos rindo muito do ocorrido. Nós demos a volta inteira dormindo no busão (kkk), e tiramos outro cochilo até chegar de novo no Capão Raso. Quase me atrasei, mas deu tudo certo”. Wellington Silva.
“Já fazia algum tempo que não ia pra baladas. Sou do Alto Boqueirão e minhas sobrinhas me convidaram para ir a um show na Woods, que para mim era do outro lado do mundo. No final da noite as meninas já tinham se arrumado com alguns garotos e acabaram me esquecendo. A bateria do meu celular tinha acabado e fiquei sem comunicação. O único jeito foi pegar o Interbairros 2. Acabei pegando no sono. Acordei algumas vezes e percebi que o cobrador sempre me observava, mas não falava nada. Pelas minhas contas creio que passei pelo Capão Raso umas duas vezes e finalmente acordei na terceira. Cheguei em minha casa umas 10h40, na manhã de domingo, mas havia entrado no busão umas 6h. Assim que cheguei em casa comecei a me recordar que acordei algumas vezes e me vi em alguns lugares que nunca havia passado em Curitiba. Vi muitas pessoas diferentes, mas lembro sempre do cobrador que só olhava para minha cara e não me acordava. Ainda tenho mágoa desse cara”. Eduardo Martins.
“Certa vez fui à um churrasco no Cabral pela manhã. La pelas 20h já tinha toma todas e resolvi ir embora. Peguei o Interbairros ali mesmo no Cabral, para descer no Parque São Lourenço. Mas dormi no ônibus e passei do meu ponto. Dei uma volta inteira dormindo e passei de novo do ponto. Só fui acordar numa rua que eu imaginava ser a minha, mas estava perdido lá no Capão Raso. Andei um monte e ainda estava de porre. Finalmente cheguei no terminal, onde embarquei no Santa Cândida até o Cabral. Chegando lá já havia saído o último Interbairros, que passava no São Lourenço. Como não tinha mais dinheiro, fui do Cabral até minha casa, ao lado do Parque, andando. Cheguei por volta das 2h30 da manhã. Que odisséia. Depois daquele dia, nunca mais dormi no busão”. Matheus.