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Nada podia tirar as letras e as palavras da história de vida do gaúcho Antônio Inácio Ribeiro, natural de Porto Alegre, que, após rodar o Brasil, desembarcou em Curitiba há 25 anos. “Trabalho com publicações há 43 anos e tenho minha própria empresa neste ramo há 38 anos. Então, minha relação com os livros é íntima”, diz Antônio, que é conhecido como o “Homem-Livro”.

Formado em administração, Antônio sempre foi envolvido com o setor de publicações no Brasil. Ainda adolescente vendia livros de porta em porta. O negócio foi crescendo e se especializou em obras do setor de saúde, mas especificamente na área de odontologia. No início dos anos 80, tomou coragem e decidiu publicar seu primeiro livro: “Um guia odontológico de 251 páginas, com orientações sobre todos os produtos do ramo dentário, algo inédito”, conta.

Os anos se passaram e a vida dentro do ramo odontológico continuava. Comercializava produtos e equipamentos odontológicos e publicava livros relacionados à área. Ao total, foram 38 livros voltados para marketing de consultório. Porém, em certo momento notou algo diferente no comportamento de seus leitores. “Em todos os livros que eu publicava, nos inícios dos capítulos eu colocava um pensamento ao lado de uma caricatura do autor da frase. Percebi que as pessoas davam mais atenção a esses pensamentos e decidi tomar uma atitude”, lembra.

A partir deste momento, Antônio começou a organizar um hobby que cultivava há anos. “Sou um colecionador de pensamentos. Tem gente que coleciona selo, carros miniaturas ou latas de cerveja. Eu coleciono anedotas e a partir daí comecei a organizá-las por temas e autores. Assim, fui iniciando minha trajetória longe dos dentistas”, brinca.

Hoje são dez livros publicados nessa nova fórmula. Todos em formato “pocket”, organizados por temas como amizade, sucesso, felicidade e amor. “Fui parar nesse formato porque comecei a perceber que o comportamento do consumidor da classe média estava mudando. Primeiro eles passaram a comprar televisões. Depois a casa própria. Em seguida começaram a consumir cultura. Mas não podiam começar a ler grandes clássicos. Então resolvi adotar esse formato como uma espécie de iniciação à leitura para esse novo consumidor”, diz.

Para vender suas novas publicações, Antônio adotou uma estratégia diferente. Mandou fazer um colete com bolsos especiais para os pequenos livros. Assim surgiu o apelido de “Homem-Livro”. “Hoje penso em fechar minha empresa e me dedicar inteiramente aos livros de frases. É o meu passatempo, que virou coisa séria. É a minha aposentadoria”, conclui.

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