Acampados e ligados

O pessoal do Acampamento da Justiça, em frente à Justiça Federal, no Ahu, acompanhou a votação do Senado sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff em um telão e uma televisão, mesmo com a noite fria e chuvosa. Eles garantiram que acompanhariam a sessão até o final – até a hora que fosse.

Grupo se reuniu na noite fria e chuvosa para assistir à sessão. Foto: Lineu Filho
Grupo se reuniu na noite fria e chuvosa para assistir à sessão. Foto: Lineu Filho

Desde março um grupo se reuniu e montou um contêiner e uma tenda na frente do prédio da Justiça Federal, em apoio à Operação Lava Jato. O engenheiro civil Rodrigo Fernandes – um dos primeiros participantes do movimento – disse que os integrantes se conheceram nas manifestações e garante que o grupo não tem vínculo com partidos políticos.

Para Rodrigo, os discursos antes da votação serviram como “palanque para campanha” dos senadores. Mas ele acredita que “está nascendo no povo brasileiro uma consciência política, e as pessoas não caem mais nas conversas deles”. Segundo o engenheiro, um dos focos do acampamento é despertar essa consciência. Sobre Temer à frente da Presidência da República, ele considera que “não vai mudar do dia para a noite”. “Torço para ele faça a coisa certa”, disse.

 

 

A advogada Paula Milani acha que a aprovação do impeachment no Senado é um “segundo passo que a gente está dando para a deposição de todo o governo. Não é a solução”. Ela afirmou que ficaria acordada com o pessoal do acampamento até que saísse o resultado.

O aposentado Lucas, 55 anos, também considera que a saída de Dilma não é suficiente. “É um começo para acabar com a corrupção e devolver a dignidade do povo brasileiro”, comentou.

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