Os moradores do Água Verde ficarão aproximadamente um ano sem usufruir do espaço da Praça Afonso Botelho, mais conhecida como Praça do Atlético. A interdição da praça dá início à segunda fase da reforma no local e complementa as obras prévias à Copa do Mundo. As melhorias preveem a construção de uma nova pista de skate, canchas esportivas, parquinhos, adaptações para portadores de necessidades especiais e nova iluminação.
Para os moradores, a situação tem trazido muitos problemas. Com poucas opções de lazer na região, a população tem sentido falta de utilizar a praça.
A servidora pública Maria de Fátima Pedrine, que mora no bairro há mais de dez anos, se queixa de não encontrar mais os amigos com tanta frequência. “A qualquer hora que vinha passear com meu cachorro podia encontrar algum conhecido pra conversar. Hoje, temos que marcar hora e lugar, pois ultimamente aqui anda deserto”, observa Maria.
Nesta etapa, será destinada a quantia de R$ 4,6 milhões para obra, que tem a previsão para estar concluída em 12 meses. Porém, os moradores acreditam que esse tempo dificilmente será cumprido. “Sempre reparo que obras levam mais tempo do que o planejado, ainda mais no setor público, devido aos passos burocráticos que atendem. Espero que até lá ao menos uma parte seja liberada”, diz.
Segundo o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Água Verde, Paulo Roberto Goldbaum Santos, o crescimento vertical do bairro exige mais espaços de lazer para os moradores. “Nas últimas décadas, essa região concentrou muito investimentos em prédios e hoje a maioria das residências são sobrados e apartamentos, sem quintais”, argumenta Paulo.
Para ele, o ideal seria existir mais praças e espaços para os moradores. “No meu tempo, eu brincava na rua, pois era possível. Hoje, o fluxo de carros nesta região torna isso muito perigoso”, afirma. De acordo com a prefeitura, todas as obras que não apresentam vedação natural precisam ser cercadas com tapume, como medida de segurança.