Há mais de um ano sem poder usufruir da Praça Afonso Botelho, a comunidade do Água Verde está sem opção de lazer e prática de exercícios físicos na região. O local está em obras desde a Copa do Mundo, pra uma revitalização que deve ficar pronta apenas em 2016.

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A previsão é que a segunda fase das obras seja entregue no aniversário de Curitiba, em 29 de março. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, o cronograma está sendo cumprido.

Improviso

Revitalização deve ficar pronta apenas em 2016. Foto: Gerson Klaina.

Enquanto isso, quem costumava frequentar a praça está improvisando a prática de atividade física ou até mesmo deixou de fazer. A moradora Ana Beatriz Santos reduziu os passeios com a filha em um carrinho de bebê. A pista de caminhada foi substituída pelas calçadas da região. “É horrível andar na calçada, na pista é bem melhor”, diz ela, que também se preocupa com o desenvolvimento da filha. “Quando saímos, o desenvolvimento dela é muito melhor do que ficar trancada dentro de casa”, afirma.

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“Faz muita falta. Todo mundo da região usa, quem trabalha por aqui também. Eu gosto de ficar ali de manhã enquanto espero a loja abrir e na hora do almoço”, comenta Elizabete Tenedini, gerente de uma loja em frente à Afonso Botelho. Durante a obra, a paisagem verde que ela observava de seu posto de trabalho foi substituída por um muro. “A praça é agradável”.

 

Skatistas na bronca

“Vão gastar R$ 4 milhões
pra fazer mal feito”,
lamenta o skatista Lucas. Foto: Gerson Klaina.
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Frequentadores assíduos da praça, os skatistas estão preocupados com o andamento das obras. Eles, que investiam em reparos na pista, constataram que a nova estrutura não está adequada pra prática do esporte. “Vimos que a angulação das rampas está errada. Vão gastar R$ 4 milhões pra fazer mal feito”, lamenta o skatista Lucas Moreira, que desde o início das obras não praticou mais. “A sensação é de descaso”, comenta.

De acordo com Lucas, um representante dos skatistas tentou acompanhar a construção da pista, para representar os esportistas e fazer sugestões para a construção da pista. Porém, isso não foi permitido. “Não deixaram ter a visão dos skatistas. Quero ver como vai ficar depois de pronto”, diz. A prefeitura alega que “o projeto foi discutido e acompanhado pelo sr. Adalto Oliveira, presidente da Federação Paranaense de Skate, e por técnicos da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude.”

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