Segurança encostada

Foto: Felipe Rosa

Carros da Polícia Militar (PM) que poderiam estar circulando pelas ruas, garantindo a segurança da população, estão encostados nos pátios dos batalhões. Na avaliação do presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Água Verde, Paulo Roberto Goldbaum Santos, as viaturas avariadas demoram muito tempo para ser consertadas e o investimento do governo para a área deveria ser maior.

A reportagem da Tribuna esteve no 12º Batalhão, no Santa Quitéria, e contou mais de uma dúzia de carros parados, sete deles danificados por batidas. Havia Palios, Paratis, Blazers, Fluences e Ecosports. Segundo um policial militar, algumas das viaturas estacionadas no pátio estavam envolvidas em inquéritos e não poderiam ser enviadas para o reparo antes que a investigação fosse concluída.

De acordo com Santos, há estimativas de que 60% das viaturas da PM em Curitiba estejam danificadas. “Tem que ter mais agilidade no reparo. Acredito que um carro estragado leva cerca de um mês para voltar para as ruas, por baixo”, calcula. Uma solução que ele aponta é a descentralização das oficinas mecânicas: “É impossível que uma só oficina dê conta da demanda. Estabelecendo oficinas autorizadas em cada bairro, o conserto seria mais rápido e mais barato. E os Consegs poderiam auxiliar na questão dos orçamentos. Seria mais eficiente e valorizaria o trabalho local”.

Lata velha

No pátio do 12º Batalhão, contamos mais de uma dúzia de carros parados, sete deles batidos. Foto: Felipe Rosa.
No pátio do 12º Batalhão, contamos mais de uma dúzia de carros parados, sete deles batidos. Foto: Felipe Rosa.

Outro problema, na visão do presidente do Conseg, são os carros antigos que rodam pela capital. Segundo ele, há Blazers, Palios e Paratis que não estariam em condições de fazer perseguições. “Viaturas velhas colocam em risco a vida dos PMs e da população, além de comprometer a agilidade do atendimento. Imagina quantos quilômetros já rodou uma viatura que está dia e noite nas ruas desde 2003? O governo precisa perceber que um investimento maior é necessário”, considera.

PM contesta

Segundo a PM, historicamente, entre 10 e 15% das viaturas estão em manutenção por conta do desgaste de uso ou para revisões periódicas, como troca de óleo. Atualmente, 400 viaturas que servem de prova de ocorrências em todo o Estado aguardam término de inquéritos, o que pode levar até meses. E há mais cerca de 400 veículos que serão descartados como sucata.

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