Água Verde

Que demora é essa?

Escrito por Luiza Luersen

População não aguenta mais os transtornos causados pela demora na entrega da obra na Praça Afonso Botelho, no Água Verde.

Quem passa pela Praça Afonso Botelho, em frente à Arena do Atlético Paranaense, no bairro Água Verde, em Curitiba, anda questionando alguns tapumes que estão no local desde 2015. As madeiras estão ao redor do novo prédio da Central de Esporte e Lazer (CEL), que deveria ter sido entregue em fevereiro de 2016, mas que, quase dois anos depois, ainda está em obras. O investimento foi de R$ 4,6 milhões.

Foto: Daniel Caron
Foto: Daniel Caron

A construção faz parte da segunda fase de obras na Praça Afonso Botelho – a primeira foi voltada à Copa do Mundo de 2014 – e além da construção do prédio da CEL o pacote incluía “pista de skate, novas canchas de esporte e parquinho para crianças”, mas, o prédio, que prometia proporcionar diversas atividades, ainda não foi entregue. Na época, o processo licitatório para a segunda fase teve atraso de quatro meses devido à desistência da empresa que havia sido inicialmente classificada.

A CEL deve funcionar em conjunto com a Central Rua da Cidadania Pinheiro e Rua da Cidadania do Carmo e no local também estão previstas atividades gratuitas de esgrima, alongamento, ginástica, basquete, vôlei e outros esportes e atividades físicas.

Por conta da reforma, os moradores alegam que o local, que servia de lazer para muita gente, nos últimos meses virou ponto de encontro para usuários de drogas. “Eu caminhava aqui todos os dias, mas desde que a obra começou, não consigo passar por aqui. Muitas pessoas urinam nesses tapumes e o cheiro fica insuportável. Não vejo a hora de este novo prédio ser entregue”, contou uma moradora que preferiu não se identificar. As reclamações a respeito dos problemas no local seguem desde 2014.

Foto: Daniel Caron
Foto: Daniel Caron

Adaptações

Segundo a Prefeitura de Curitiba, o projeto foi desenvolvido pela antiga gestão e devido a algumas mudanças e furto de fiação elétrica, houve atraso no andamento. Atualmente estão realizando a instalação do elevador para acesso da pessoa com deficiência, gradeamento das portas de vidro e marquise. O prédio deve ser entregue até o primeiro semestre de 2018.

Na primeira fase das obras, concluída em março de 2014, com investimento de R$ 1,64 milhão, foi instalada nova iluminação e piso mais resistente. Além disso, o órgão informou que a verba foi utilizada para uma estrutura temporária – uma galeria técnica de apoio à parte elétrica e hidráulica – utilizadas na época do evento.

 

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Luiza Luersen

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