Nem as “tartarugas” e o aviso de “Pare” marcados no asfalto são suficientes pra conter os motoristas que trafegam pela Rua Santa Catarina, no Água Verde, pra ceder a preferencial na esquina da Rua Monsenhor Manoel Vicente. Resultado: no que seria um cruzamento tranquilo, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi trocado pela lei da vantagem. Um grande risco, considerando que, em uma das ruas, que também é rota de duas linhas de ônibus, há uma escola a menos de 20 metros do encontro das duas vias; na outra rua, mais uma escola, a 300 metros.
“Só no tempo em que trabalho aqui, há menos de um ano, já vi sete acidentes entre carros e um atropelamento. Sem contar que o dia inteiro é um festival de buzinas, gente discutindo”, conta a comerciante Marlene Giareta Dutra, sócia de uma padaria naquela esquina. Pros pedestres, a dificuldade pra travessia em alguns horários é grande, pois não sabem se os motoristas vão respeitar a sinalização.
O fato de o cruzamento coincidir com o topo de uma subida, o que dificulta a visibilidade de quem vem à direita, serve de desculpa pros apressadinhos avançarem. Em 15 minutos que a reportagem observou a movimentação dos automóveis no meio da tarde, fora do horário de rush apenas dois veículos não avançaram o limite da sinalização. “Se vocês viessem no horário da saída da escola, iam ver muita confusão. Tem pais que saem com três, quatro crianças a pé, um perigo”, conta uma moradora que não quis se identificar.
A Secretaria de Trânsito (Setran) informa que já existe sinalização necessária no local, inclusive com calotas reforçando a parada obrigatória e, pra minimizar as irregularidades, fará uma fiscalização programada na região pra coibir as infrações.