Copa bagunceira

Pouco mais de um mês após o último jogo da Copa do Mundo em Curitiba, moradores do bairro Água Verde continuam sofrendo com a bagunça das obras realizadas no entorno da Arena da Baixada. A bronca agora é no trecho da Rua Madre Maria dos Anjos que dá de frente ao estádio. Por lá ainda há muita sujeira das obras. De acordo com a vizinhança, nos dias de jogos a via fica intransitável, já que caminhões de transmissão e geradores de energia ficam estacionados nos fundos do beco, atrapalhando a entrada e saída de moradores.

A advogada Luciana Mikilita Mira mora em um dos prédios da Rua Madre Maria dos Anjos. Ela conta que a rua continuou coberta por restos de obra mesmo após o fim da competição na capital. “Há muitos cabos, lixo, barro e buracos na rua. Achávamos que com a conclusão do estádio a rua iria voltar ao normal. Mas está justamente ao contrário. Parece que o estádio não ficou pronto e a sujeira continua tomando conta da nossa vizinhança”, reclama.

O empresário Paulo Roberto Pontoni, que mora no mesmo prédio que Luciana, relata que nos dias de jogos na Arena da Baixada os moradores do local têm dificuldades para entrar e sair de casa por causa da presença de equipamentos de televisão. “Estacionam aqui no fim da rua pelo menos três caminhões de geração de imagem e mais os geradores de energia. Com isso, a prefeitura isola metade da rua e só temos acesso por uma das mãos. Mas fica complicado demais e dá muita confissão no trânsito”, conta.

Ainda segundo Pontoni, a previsão é que em dias de jogos maiores a confusão seja maior nesse trecho da Rua Madre Maria dos Anjos. “Quando tiver partidas de Copa do Brasil, quando tem mais redes de televisão transmitindo, vamos ter o dobro do número de caminhões aqui na rua. E como é que vai ser? Onde vão colocar esses veículos, que são enormes? Creio que vão fechar a rua de vez”, alerta.

Luciana complementa, afirmando que além dos transtornos relacionados ao trânsito, os equipamentos emitem um barulho ensurdecedor. “Os geradores fazem muito ruído. Se ainda fosse só na hora do jogo, tudo bem. Mas normalmente esses equipamentos e os caminhões chegam dois dias antes dos jogos e a bagunça começa bem antes”, explica.

De acordo com os moradores, várias reclamações já foram feitas à prefeitura de Curitiba, mas até agora nenhuma providência foi tomada. “Já liguei pelo menos dez vezes e até agora nunca me retornaram ou vieram aqui resolver meu problema”, diz Luciana. “A atendente do 156 já até me chama pelo nome”, brinca Pontoni.

Em análise

A prefeitura de Curitiba promete buscar soluções para os problemas relatados pelos moradores da Rua Madre Maria dos Anjos aos Caçadores de Notícias. Ontem mesmo, fiscais da Secretaria do Meio Ambiente iriam à região verificar a questão dos entulhos. No próximo jogo na Arena da Baixada, será feita medição da poluição sonora na via.

Já as secretarias de Trânsito e Urbanismo irão discutir com engenheiros os horários para estacionamento dos caminhões, de forma que não prejudique o acesso dos moradores. De acordo com a prefeitura, o restante das obras na Arena deve ser concluído até 20 de setembro. Enquanto isso, a Rua Buenos Aires permanece fechada para trânsito de veículos.

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– Você conhece algum ponto da cidade que ainda tenha entulhos das obras da Copa?

– Perto de sua casa há algum estádio ou casa de shows que deixa o acesso complicado em dias de eventos?

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