Iniciativas de moradores do Água Verde melhoraram alguns pontos do trânsito no bairro e reduziram a quantidade de acidentes e vítimas. Um dos exemplos é o semáforo implantado na esquina da Rua Guilherme Pugsley (via rápida) com a Brasílio Itiberê.
Paulo Roberto Goldbaum Santos, presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Água Verde, conta que periodicamente se reúne com os moradores locais para ouvir e estudar as demandas. E foi numa destas reuniões que surgiu a ideia do semáforo. Ele conta que os motoristas que transitavam na Rua Brasílio Itiberê não tinham visão para conseguir atravessar a Rua Guilherme Pugsley, porque a esquina fica logo após uma curva.
Segundo Paulo Roberto, acidentes ocorriam todas as semanas, sem exceção. Numa semana específica, ocorreram quatro acidentes. Num deles, os motoristas “saíram no soco”. “Além dos acidentes, também havia a dificuldade dos pedestres em atravessar. Aqui neste prédio da esquina mora um cadeirante. Todo dia ele sai para buscar a neta naquela escola ali, no meio da quadra. Teve um fim de tarde que ele ficou meia hora esperando pra conseguir atravessar”, contou.
A comunidade chegou a organizar um abaixo-assinado pedindo o sinaleiro no cruzamento. Depois que o Conseg solicitou à Setran um estudo de engenharia no local e o semáforo foi implantado, mais nenhum acidente aconteceu ali. Mas entre o pedido e a instalação, o processo levou cerca de dois anos.
À espera de licitação
Outro pedido que a população do Água Verde fez através do Conseg foi aprovado pela prefeitura e logo deve ser implantado – depende de licitação- é a colocação de um semáforo na esquina da Rua Guilherme Pugsley (via rápida) com a Rua Dom Pedro I. Ali há um fluxo intenso de pedestres atravessando a via. O problema está na esquina anterior, da Guilherme Pugsley com a Rua Murilo Ferreira do Amaral.
Quando o sinal fecha na via rápida, a maioria dos veículos que vêm da outra rua vira à esquerda na rápida. Não dá tempo dos pedestres atravessarem, pois mal termina um fluxo de veículos, começa outro. “Tem que ser jovem e firme pra correr aqui. Se cair, o carro passa por cima. Olha a velocidade que passam aqui”, diz a diarista Ireneide Lima Domingues, 49 anos, que como tantas outras pessoas que utilizam o tubo de ônibus ali perto, na Avenida República Argentina, precisa atravessar a pé a via rápida para acessar o transporte coletivo. Ela contou que já ficou 10 minutos na calçada, tentando atravessar.
Como pedir melhorias
A secretária municipal de trânsito, Luiza Simonelli, explica que há vários canais pelos quais a população pode conseguir melhorias de trânsito nos bairros. No entanto, ela explica que, ao invés de pedir diretamente uma lombada ou semáforo, por exemplo, o cidadão deve pedir um estudo de engenharia naquele local. “Às vezes as pessoas pedem uma lombada. Mas nem sempre é o ideal. Se for uma subida ou descida, por exemplo, a legislação de trânsito não permite a instalação de lombada, pois ao invés de preservar vidas, pode matar uma alguém. O ideal é pedir o estudo, para que os engenheiros sigam ao local e façam a análise”, explica. Anualmente, os engenheiros da Setran recebem mais de 30 mil pedidos diversos de estudos e conseguem responder cerca de 60%.
Serviço:
Canais de atendimento da Setran:
– Balcão de atendimento no prédio central da Setran (Rua Benjamin Constant, 157, Centro)
– Prédios das administrações regionais onde há salas da Setran (só não tem nas regionais Matriz e Bairro Novo)
– Telefone 156
– Reuniões das associações de moradores com engenheiros da Setran
– Mídias sociais da prefeitura
– Audiências de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei de Orçamento Anual)