Paulo Coelho escapa da morte

O escrito Paulo Coelho esteve próximo da morte. Segundo ele, em um vídeo postado em seu blog pessoal, ao fazer exames de rotina, o seu cardiologista diagnosticou que 90% das suas artérias estavam em condições críticas o que poderia ocasionar um infarto fulminante.

Em setembro do ano passado o pai de Monica Antunes, sua agente literária, sofreu um infarto fulminante. A partir desta perda, Mônica insistiu para que Paulo Coelho também fizesse um check-up a fim de investigar o estado do seu coração. Depois dos exames, para surpresa de todos, o seu médico lhe deu 30 dias de vida.

Apesar de ter feito uma cirurgia em novembro do ano passado, somente agora ele revelou que sua vida andou por um fio.

“A nota de Ancelmo Gois (colunista do O Globo) diz que o médico me deu 30 dias de vida, dia 28 de novembro do ano passado, o que é absolutamente correto, mas deixa eu explicar. O pai da minha agente Mônica morreu em setembro, e a Mônica começou encher o saco de todo mundo mandando fazer exames. E eu pensei: ‘poxa eu ando todos os dias, eu faço arco e flecha, eu tenho uma vida saudável, eu não sou gordo, eu não vou fazer este teste’. Mas quando eu voltei do aniversário da minha mulher em Madri, eu já tinha marcado a consulta e eu fui fazer o teste, o famoso teste do esforço. Fiz, fiquei cansado, e quando eu sai fui para a sala dele (médico) e o cara virou e disse ‘Sr. Coelho o senhor vai morrer daqui a 30 dias’ e eu olhei para a minha mulher e disse: ‘o quê?'”, comentou Paulo.

Paulo Coelho não tinha escolha, somente um procedimento cirúrgico poderia reverter a situação.

“Existem duas possibilidades. Um: acontecer alguma coisa na mesa de operação. Dois: a gente não achar as veias entupidas, e se não achar vai ter que abri o coração e fazer aquela coisa que antigamente se fazia que é a ponte de safena. Eu fiquei apavorado. Eu olhei para ele e sai e disse ‘deixa eu pensar’, e ele me disse: ‘não pensa muito não'”, relatou.

O escritor afirmou ainda que não teme morrer.

“O mais interessante é que eu pude repensar na minha vida, já que isso poderia ocasionar em uma coisa séria, literalmente eu podia morrer. Eu disse assim: ‘bom, eu não tenho medo de morrer, sempre falei para as pessoas que eu não tinha medo de morrer e agora estou enfrentando essa possibilidade real e não estou com medo’. E a segunda coisa que eu pensei foi: ‘que vida abençoada que eu tive, casei com a mulher que eu amo, passei por 33 anos ao lado dela, ela vai estar bem financeiramente, eu trabalhei a vida inteira naquilo que eu quis, vivi fiz todos os meus excessos, quando eu era jovem, vivi intensamente a minha vida, tive sucesso naquilo que eu me propus que era difícil que era ser escritor e viver de literatura e se eu morrer amanhã vou morrer contente'”, disse.

Apesar do susto, o procedimento cirúrgico foi realizado com êxito. O escritor permaneceu internado por apenas 3 horas na Unidade de Terapia Intensiva – UTI e sua recuperação foi rápida e reflexiva;

“A grande lição dessa história é que eu estava realmente condenado, mas ninguém morre antes da hora”, finalizou o escritor.