O Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta, a partir dia 20 de junho (sábado), às 10 horas, na sala 10, a exposição “Ukiyo-e, obras primas de Hokusai e Hiroshige – Coleção Museu de Arte Fuji de Tóquio”, com 70 obras japonesas que revelam paisagens, flagrantes do cotidiano, imagens de guerreiros, gueixas e atores teatrais. A mostra permanece no espaço até dia 02 de agosto de 2015 e faz parte dos eventos comemorativos aos 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação assinado entre Brasil e Japão no dia 5 de novembro de 1895.
Numa tradução literal, ukiyo-e significa “retratos do mundo flutuante”. São imagens do cotidiano registradas em papel pela técnica da xilogravura desenvolvida durante o período Edo (1603-1868) no Japão, mais especificamente nos centros urbanos de Edo (atual Tóquio), Osaka e Kyoto. Ao retratarem lutadores de sumô, gueixas, atores e paisagens, seus autores procuravam eternizar na pintura aquele fugaz momento. Este estilo foi amplamente difundido nos séculos 18 e 19 e influenciou fortemente importantes movimentos, como o cubismo, impressionismo e pós-impressionismo. Vincent Van Gogh, Claude Monet e Edgar Degas foram alguns dos que buscaram inspiração no Ukiyo-e.
Para a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika a escolha do museu para receber esta mostra, vinda diretamente do Japão, “reafirma o posicionamento do Museu Oscar Niemeyer como um espaço de qualidade reconhecido mundialmente, além de proporcionar ao público a oportunidade de conhecer obras que raramente chegam ao Brasil”, diz.
De acordo com o Museu de Arte Fuji de Tóquio a mostra reúne para apreciação do público uma seleção representativa de ukiyo-e, “com destaque para os quadros de paisagens dos artistas Hokusai e Hiroshige, as obras musha-e (imagens de guerreiros) de Utagawa Kuniyoshi, as pinturas bijinga de Kitagawa Utamaro e os quadros yakusha-e oriundos de Edo e Osaka”.
Na mostra há uma seleção de obras marcantes, consideradas imortais, como Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji, a série mais famosa e que deu reconhecimento internacional a Hokusai ao mostrar o Monte Fuji visto em diferentes estações do ano, locais e condições do tempo.
A exposição tem realização do Museu de Arte Fuji de Tóquio e coordenação geral da Art Unlimited.
Artistas
Katsushika Hokusai fez excelente uso da perspectiva trazida do Ocidente e de corantes químicos que produziam lindas cores, pintou a série “Trinta e seis vistas do Monte Fuji” tendo como tema a montanha que é um dos símbolos do Japão. Já Utagawa Hiroshige, influenciado por Hokusai, criou “Tokaido Gojusan-tsugi” mostrando as 53 estações do caminho Tokaido, que pode ser descrito como o cenário por excelência do imaginário japonês. Além de gravuras destes dois nomes, há obras de outros artistas, como Utagawa Toyokuni, Utagawa Kunisada, Kitagawa Utamaro, Shunbaisai Hokuei, Utagawa Kuniyoshi, entre outros. Todas pertencem ao acervo do Museu de Arte Fuji de Tóquio.
Tratado de Amizade, Comércio e Navegação – Brasil e Japão
Esta exposição celebra os 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação assinado entre Brasil e Japão no dia 5 de novembro de 1895. Os fortes vínculos que hoje unem os dois países são evidentes em vários aspectos – cultural, comercial e científico, por exemplo.
No Brasil, o interesse pelo estabelecimento das relações diplomáticas com o Japão foi impulsionado pela questão imigratória. Os fazendeiros de café se sentiram inseguros quanto à mão de obra para a lavoura, após a libertação dos escravos em 1888, e passaram a buscar imigrantes estrangeiros. O Japão, por sua vez, precisava aliviar a tensão social relacionada ao seu alto índice demográfico, mas não concordaria em enviar emigrantes aos países com que não mantivesse relações diplomáticas baseadas na reciprocidade.
O Tratado de Amizade, Comércio e Navegação marcou o iníc,io das relações que se desenvolvem e enriquecem até hoje entre os dois países. E os primeiros imigrantes chegaram ao Brasil 13 anos depois, em 1908.
Serviço
“Ukiyo-e, obras primas de Hokusai e Hiroshige – Coleção Museu de Arte Fuji de Tóquio”
Período Expositivo: 20 de junho a 02 de agosto de 2015
Sala 10
Terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$6 e R$3 (meia-entrada)
Dias especiais
Domingo + Arte: entrada gratuita no primeiro domingo de cada mês
Quinta + MON: primeira quinta-feira de cada mês, horário de funcionamento estendido, das 10h às 20 horas, com entrada gratuita a partir das 18h
Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico, Curitiba – PR
Mais informações: (41) 3350 4400
www.museuoscarniemeyer.org.br
Facebook e Twitter: /monmuseu
Consultoria de imagem
Neste ano, a designer de interiores Gisele Busmayer volta ao CEPDAP (Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões), para integrar o corpo docente da instituição. Gisele lança em agosto uma nova parceria com a diretora Claudiane Cassol: o curso de consultoria de imagem.
Há mais de oito anos trabalhando como designer de interiores em Curitiba e com especialização na escola Europeia Colour me Beautiful em Lisboa, Portugal, Gisele foi a escolha perfeita para o desafio. Destinado a todos que queiram aprimorar sua imagem pessoal, ou que estejam em busca de uma nova carreira como consultores, o curso terá duração de um mês e será dividido em módulos os quais vão abordar temas como: moda, roupas, cores, imagem pessoal e nas redes sociais.
Para a diretora do CEPDAP, Claudiane Cassol, um dos pontos de relevância do curso é a oportunidade de gerar novas oportunidades de emprego. “Em momentos de crise o curso de consultoria de imagem irá enriquecer o portfólio para o início de uma nova carreira, auxiliar na conquistar do primeiro emprego ou ainda ajudar a crescer dentro da própria empresa”, explica.
Outro ponto relevante defendido pelo curso é a sustentabilidade. “Já faz mais de dois anos que eu não compro uma peça nova de roupa. É preciso aprender a usar as peças já existentes dentro do seu armário, ou na hora de comprar saber fazer uma escolha consciente e eficiente. E é isso que eu pretendo ensinar: para cada pessoa há uma escolha certa”, explica a designer Gisele Busmayer.
No dia 26 de junho, Gisele ministrará uma palestra para apresentar o curso a todos os interessados. A primeira turma tem vagas limitadas com aulas iniciando agosto. Para mais informações consulte o site do CEPDAP: www.cepdap.com.br ou ligue: 3029-4044.
Tereza vai à Espanha
Depois de sua estreia no Festival de Cinema de Pinhais – onde recebeu os prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator –, e de participar da seleção oficial do Cine a laCalle, festival internacional de curtas de Barranquilla, na Colômbia, o curta-metragem Tereza, do diretor lapeano Mauricio Baggio, viaja à Espanha, onde integra a seleção oficial do 43º Festival Internacional de Cinema de Huesca. Na mesma semana, Tereza participa simultaneamente do 5º Festival de Jericoacoara, no Ceará, e do 3º VERCINE, Festival de Cinema Brasileiro da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias.
Considerada uma das vitrines mais privilegiadas do mundo para a exibição de curtas-metragens, o, Festival de Cine de Huesca oferece aos vencedores a qualificação para elegibilidade ao Oscar, sendo, portanto, uma das principais portas de entrada de curtas à premiação da Academia norte-americana. A mostra competitiva também é qualificadora para o Prêmio Goya, da Academia espanhola. Oitenta e dois curtas de 29 países participarão do festival, que acontece de 13 a 20 de junho na cidade aragonesa de Huesca, no nordeste da Espanha.
Produção
Com 12 minutos de duração, Tereza narra a história de Chico, um presidiário que decide aventurar-se para mudar sua vida. Para isso, precisará contar não só com coragem, mas principalmente com a Tereza. O curta teve como principais locações o Presídio do Ahú e o complexo penal de Piraquara. Cento e trinta pessoas estiveram envolvidas na produção, viabilizada pelo Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba, com apoio financeiro do Banco do Brasil. “Algumas cenas requeriam produções muito complexas, pois tivemos de reconstruir grades no presídio, que está desativado, e contar com a sorte nas gravações do complexo penal, que estava em um momento de rebeliões constantes. A Polícia Militar nos autorizou a gravar com os homens do BOPE, mas ressaltavam que a qualquer chamado poderíamos ter de interromper as gravações ou até mesmo acompanhá-los em um atendimento, caso alguém da equipe estivesse dentro das viaturas durante uma ocorrência. Todas essas dificuldades foram ultrapassadas e tornaram as ações mais reais”, avalia o diretor, que também assina o roteiro e a montagem do curta.
Filmado e finalizado em 4K, tecnologia que permite o máximo de resolução disponível em salas de cinema hoje, o curta prezou tanto pela excelência na imagem quanto no som, que conta com trilha sonora composta pelo maestro mundialmente reconhecido Jaime Zenamon.
Mercado internacional
Mauricio Baggio, que viaja ao evento espanhol com auxílio do Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais, da Ancine, diz que pretende aproveitar a oportunidade para fazer novos contatos visando a divulgação e distribuição do filme no mercado internacional. “Curtas-metragens têm pouco espaço de exibição, principalmente no Brasil, mas há muitos canais de TV estrangeiros que mantém em suas grades de programação espaço destinado a filmes de curta duração”, diz Baggio, que já está programando uma sessão de Tereza em salas de cinema de Curitiba.
O diretor
Paranaense nascido na Lapa em 1977, Mauricio Baggio é bacharel em Análise de Sistemas pela PUC-PR. Desde 2004 atua na área de cinema como diretor de fotografia, tendo trabalhado com diretores como Aly Muritiba, Paulo Biscaia, Ana Johann, Fernando Severo, Beto Carminatti, Eduardo Baggio, Pedro Merege e Estevan Silveira, entre outros. Foi professor de direção de fotografia na Unespar/FAP e no Centro Europeu, onde também foi coordenador técnicodo curso de cinema digital. Tereza é seu primeiro filme de ficção como roteirista e diretor.
Tereza
Curta-metragem de Mauricio Baggio
Cor, 12 min, Brasil, 2015
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=xNzrGnDs_ss
Fanpage: https://www.facebook.com/terezaofilme
Fonte: Mariana Sanchez