Entre as canções de Jobim estão Sem você, Por toda a minha vida, Modinha e Estrada Branca. Já Piazzola será homenageado através das músicas Libertango, Melodia em lá menor Las Cuatro Estaciones Porteñas.
Criada em 2003, sob a chancela da Associação Música & Cena Brasil (AMCB), a Orquestra Sinfonia Brasil e seu diretor artístico, o maestro e flautista Norton Morozowicz, têm como preocupação fundamental a preservação da memória musical brasileira. A Sinfonia Brasil reúne músicos brasileiros de grande envergadura, solistas de seus instrumentos, para apresentações em vários formatos, desde pequenos conjuntos de câmara, cordas e sopros, até Orquestra de Cordas e ou de Câmara.
Morozowicz, atualmente regente e diretor artístico da Orquestra Sinfonia Brasil, tem dirigido as principais orquestras do país, como a Sinfônica Brasileira, Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Sinfônicas Municipal e Estadual de São Paulo, Sinfônica Nacional da UFF, Sinfônicas da USP, do Paraná, Porto Alegre, Brasília e Goiás. Fundou a Orquestra de Câmara de Blumenau, referência nacional e internacional de música de qualidade. Com mais de trinta discos gravados, vem prestando significativa contribuição para a música brasileira por estrear, apresentar e gravar obras significativas de compositores nacionais de todas as épocas.
OS SOLISTAS
Marcos Nimrichter é pianista, acordeonista, compositor, arranjador, produtor musical, apresentador de TV e professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduou-se em piano e composição na Escola de Música da UFRJ, onde também lecionou piano e harmonia como professor convidado. Ao longo da carreira, vem participando de shows, CDs e DVDs com artistas do primeiro escalão brasileiro e internacional, como Chico Buarque, Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Paulo Moura, Cassia Eller, Winton Marsalis, Al Jarreau e Stanley Jordan. Apresentou e dirigiu, por três anos consecutivos (2009 –2011), o programa Estúdio 66, do Canal Brasil, onde recebia convidados para improvisações musicais – dentre eles Jo&ati,lde;o Bosco, Caetano Veloso e Ed Motta, além dos melhores instrumentistas do país.
Natural de Goiânia, Ângela Barra concluiu o Bacharelado em Canto pelo Instituto de Artes (IA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), em 1981. No mesmo ano iniciou o Mestrado em Canto na Escola de Música da UFRJ. Com bolsa da Capes, concluiu o Mestrado em Artes na Indiana University, em 1985, e o Doutorado em Música pela mesma instituição, em 2006, onde defendeu a tese “A Canção de Arte Brasileira: sua Pronúncia e Interpretação”. Detentora de vários prêmios em concursos de nível nacional e internacional, atua como solista de coros e orquestras e como recitalista. Apresentou-se sob a regência dos maestros Camargo Guarnieri, Cláudio Santoro, Alceo Bocchino, Emílio de César, Norton Morozowicz, Aylton Escobar, David Junker, Emanuel Martinez, Ivo Cruz, Jan Harrington, Carmen Tellez, Thomas Baldner, Roberto Porco, Imre Palló, dentre outros. Professora da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, ministrou aulas nos festivais de Brasília, Londrina, Tatuí e Vale Vêneto, e Master Classes em Goiânia, Santa Maria, Cuiabá, Campo Grande, Salvador, Fortaleza, Uberlândia, São Paulo, Tatuí, Natal, dentre outras cidades.
ANTONIO CARLOS JOBIM – Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom Jobim, nasceu em 1927, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. Compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista, contribuiu decisivamente para o engrandecimento da música brasileira, tanto popular como erudita. Começou a estudar piano em 1941 com Hans Joachim Koellreutter. Em 1953 teve suas primeiras músicas gravadas e em 1954 obteve seu primeiro sucesso, “Tereza da Praia”, parceria com Billy Blanco. Em 1956 foi apresentado a Vinicius de Moraes, que se tornaria um de seus parceiros mais constantes. Em 1962, em parceria com Vinicius de Moraes, Jobim compôs “Garota de Ipanema”, um de seus maiores sucessos e, possivelmente, a canção brasileira mais executada no exterior.Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, particularmente de Villa-Lobos e Debussy, Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, hibridando harmonias jazzísticas e elementos tipicamente brasileiros. Letrista e compositor refinado, autor de inúmeras canções, Jobim faleceu em Nova York, em dezembro de 1994.
ASTOR PIAZZOLLA – Astor Pantaleón Piazzolla, bandoneonista, pianista, compositor e arranjador, nasceu em Mar del Plata, em 1921. Filho de imigrantes italianos, foi viver com sua família em Nova York aos quatro anos. Em 1929 ganhou de seu pai seu primeiro bandoneón e em 1933 começou as aulas de piano. Em Nova York conheceu o cantor argentino de tango, Carlos Gardel. Compositor de inúmeros tangos, Piazzolla estudou com a compositora e diretora de orquestra francesa, Nadia Boulanger. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo. Gravou com Gary Burton, Tom Jobim e Fernando Suarez Paz. Entre seus parceiros na Argentina estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges. Piazzolla se considerava um inovador permanente. Inovou o ritmo do tango, sofisticando e revolucionando seus conceitos, com forte influência jazzística, arranjos ousados e inserção de timbres pouco habituais para o tango, como a guitarra.Deixando um legado de mais de mil obras, entre as quais “Adiós Nonino” e “Libertango”, Piazzolla faleceu em julho de 1992.
Projeto realizado com o apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Serviço:
Projeto Latinidade – Orquestra Sinfonia Brasil
Data: 13 e 15 de setembro
Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273)
Horário: às 20h30 na sexta e às 18h30 no domingo
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Mais informações: (41) 9102-8958 (Karina)
Projeto Latinidade – O Projeto Latinidade foi criado em 1988 para a gravadora Basf. Na ocasião, o maestro Morozowicz contactou Jobim pessoalmente e Piazzolla via carta. Conforme o regente, pretendia-se “(…) tê-los juntos criando então a primeira ideia de latinidade, pois ambos gênios fizeram uma revolução na música de seus países com o samba e o tango respectivamente. Tudo parecia engatilhado, quando Jobim teve que ir ao Estados Unidos naquele ano, tivemos que fazer o projeto sem os dois”. Em 1988 foi então lançado nacionalmente o LP Jobim encontro Piazzolla com a orquestra de câmara de Blumenau viajando por várias cidades brasileiras. Recentemente, o LP Jobim encontro Piazzolla foi re-lançado em CD pelo selo Eldorado, e hoje encontra-se em vários países.