A Casa Kozák, imóvel localizado no bairro do Uberaba e que faz parte do espólio do cineasta e pesquisador Vladimir Kozák falecido em 1979, sem deixar herdeiros, foi doada pelo governo do Estado à Prefeitura Municipal de Curitiba após solicitação feita pelo prefeito Gustavo Fruet. A decisão publicada no Diário Oficial do Estado foi sancionada no último dia 6 de dezembro e prevê a reativação da biblioteca em até dois anos. Com a transferência do imóvel para a Prefeitura de Curitiba, a administração municipal poderá incluir no orçamento para 2014 a previsão de recursos para reforma e reativação da biblioteca. 

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Na sexta-feira passada (13), líderes comunitários do Uberaba estiveram reunidos, na sede da Fundação Cultural de Curitiba, com o presidente Marcos Cordiolli e o vereador Helio Wirbiski que anunciou a destinação de R$ 250 mil de suas emendas individuais para as obras e outros R$ 50 mil para a manutenção do espaço. As emendas serão votadas na próxima semana.

Cordiolli enalteceu o trabalho conjunto realizado pelos poderes públicos.
“Vamos honrar a confiança do prefeito Gustavo Fruet, do governador Beto e Richa e do vereador Helio Wirbiski levando programas que ajudem a ampliar o acesso à literatura e à cultura no bairro do Uberaba”, disse Cordiolli.

“Esse é um presente que os moradores do Uberaba e região aguardam há muito tempo e que conquistamos depois de um ano de muito trabalho junto ao governo do Estado e a Prefeitura de Curitiba”, afirmou Wirbiski.

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Histórico – Localizada na Vila São Paulo, na Rua Padre Júlio Saavedra, n° 588, a Casa Kozák tornou-se um Centro de Cultura e biblioteca em 1992. Por decisão judicial, a casa com os móveis, objetos, filmes e outros registros deixados por Kozák foi incorporada ao acervo do Museu Paranaense. Em julho de 2011, foram identificados vários problemas estruturais na edificação, razão pela qual foi solicitada vistoria por parte da COSEDI – Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis, que emitiu relatório sugerindo a imediata interdição do local. Considerando que a referida casa não era propriedade do Município ou da Fundação Cultural de Curitiba e sim do Estado do Paraná, o imóvel foi devolvido ao Estado para a elaboração de projeto de reforma.

O pesquisador – Tcheco naturalizado brasileiro, Vladimir Kozák chegou ao Brasil em 1924, instalando-se no Paraná. Depois percorreu outros estados brasileiros, registrando em filmes, fotografias, desenhos e aquarelas o cotidiano de grupos indígenas brasileiros e manifestações da cultura popular. Os registros cinematográficos reúnem 36 horas de filmes em 16mm coloridos e não sonorizados. Grande parte das filmagens é dedicada ao homem e ao território paranaense, entre as décadas de 1940 e 1950, e constitui uma rica fonte de pesquisas para cineastas, antropólogos, geógrafos, biólogos e historiadores.

Ordem Estadual do Pinheiro

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O advogado curitibano Fernando Antonio Miranda recebe no próximo dia 19 de dezembro, a comenda da Ordem Estadual do Pinheiro, entregue pelo governador Beto Richa nas comemorações dos 160 anos de emancipação política do Paraná. A comenda é dada a personalidades pela notoriedade do saber ou por serviços relevantes prestados ao Estado. Fernando Miranda é reconhecido por sua atuação no exercício da advocacia, na administração pública, no comércio exterior e, principalmente, em prol de causas importantes para o Estado como o movimento Amigos do Hospital de Clínicas, quando à frente da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas da UFPR  e que lhe rendeu o primeiro título de cidadão benemérito da Universidade Federal do Paraná. No Direito, foi pioneiro na área de comércio exterior, com uma carteira de clientes que ultrapassou uma centena de empresas. No Direito de Família, ár,ea em que também se notabilizou, foi reconhecido por lutar em prol das mulheres.  A atuação de Fernando na área de comércio exterior valeu sua indicação unânime para o cargo de ministro do governo Tancredo Neves (que nunca chegou a assumir) e sua visão estratégica culminou na criação do Centro de Comércio Exterior do Paraná, no Centro de Estudos em Comércio Exterior do Paraná e no Conselho de Comércio Exterior da Associação Comercial do Paraná. (Foto: Patrícia Klemtz).

Ministro do STF recebe homenagem em Curitiba‏

Na sexta-feira (6), o Conselho Superior da UniBrasil entregou o título de Doutor Honoris Causa ao constitucionalista carioca e ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. A solenidade foi realizada durante o Congresso Estadual do Ministério Público: Política, Direito e Cidadania, realizado em Curitiba, na sede do Ministério Público do Paraná e reuniu, além de representantes da UniBrasil, membros do MP e juristas do estado.

Professor de Direito Constitucional e Procurador do Estado do Rio de Janeiro, Barroso foi indicado pela Presidente Dilma Rousseff, em junho deste ano, para compor o quadro de ministros do Supremo Tribunal Federal. Graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela Yale Law School, doutor e livre-docente pela UERJ, o jurista é professor titular da UERJ e professor visitante da Universidade de Brasília (UNB), da Universidade de Poitiers, na França, e da Universidade de Wroclaw, na Polônia.

No Supremo, atuou como advogado em causas importantes e históricas, como a proibição do nepotismo no serviço público e a contestação da nova lei de distribuição dos royalties do petróleo. “Barroso é um dos grandes nomes do constitucionalismo contemporâneo e referência indiscutível da academia jurídica brasileira”, afirma o presidente da UniBrasil, o advogado constitucionalista Clèmerson Merlin Clève. “Inteligente, crítico, culto, de excelente senso de humor, o professor Barroso é sempre destaque no país para os operadores do Direito, pois sua presença de espírito é tão famosa quanto seu imenso conhecimento acadêmico”, completa. O título de Doutor Honoris Causa foi outorgado antes de Barroso ser indicado ao mais elevado cargo da magistratura do país e a proposta foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Superior da UniBrasil. “É importante destacar que o título foi concedido ao jurista, ao professor, ao intelectual, ao homem público, ao advogado e sobretudo ao ser humano, ainda no início do ano, mas a solenidade de outorga foi adiada com a indicação do ministro ao STF”, explica Clève. (Foto: Priscilla Fielder).