Crise é a instabilidade na área de negócios da economia, que em fase intermediária, tem o seu sistema financeiro impedido de crescer, geralmente provocado por um desalinhamento nas esferas política e econômica que resulta em desemprego, queda do PIB e taxa de juros nas alturas.

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Crise é algo endêmico e institucionalizado em nosso país. Somos sobreviventes e, portanto, doutorados no assunto. Além da crise econômica, passamos também por uma crise de valores, crise política, crise moral e a mais avassaladora de todas; a crise ética.

A dinâmica é sempre a mesma para qualquer tipo de crise; a sensação é a de estarmos em uma estrada longa e sinuosa, e o carro que estamos conduzindo parece estar com o freio de mão puxado, mas ainda assim insistimos em continuar em movimento. Descrença e desânimo nos conduzem à direção contrária da estrada que nos levaria até nossas metas de superação.

Para toda dificuldade sempre há uma solução.

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A constante sensação de medo e insegurança contamina pessoas a nossa volta ocasionando, desnecessariamente, pânico e baixa autoestima. Um provérbio alemão nos alerta que o medo faz o lobo maior do que ele realmente é. De nada adianta antecipar um sofrimento por algo que não sabemos como irá se apresentar. A partir do momento que eu compreendo que existe um problema, posso pensar em quais meios irei utilizar para solucioná-lo, caso contrário, não se define como um problema. Estratégias mal planejadas irão agravar a situação e, portanto, é necessário manter a calma. Medo traz desequilíbrio emocional e consequentemente resulta em distúrbios psicossomáticos, tais como a depressão e o transtorno da ansiedade generalizada (TAG).

“Não tenha medo da mudança. Ela assusta, mas poderá ser a chave daquela porta que você almeja tanto entrar”. Esta frase, cujo autor eu desconheço, vai de encontro ao significado da palavra crise, que escrita em chinês é representada pela junção de dois caracteres; um representa perigo e o outro, oportunidade.

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É neste período de tensão que surgem os desafios, mas também nascem as oportunidades para se fazer algo diferente e inovador. Apesar do sentimento de vulnerabilidade, sabemos que retomar as rédeas financeiras requer um esforço extra e um equilíbrio emocional acentuado.

Manter a calma e avaliar os pontos de ajustes neste período de transição irá ajudá-lo a tomar decisões certas e promissoras. Com crise ou sem crise, a verdade é que temos que continuar a caminhada. Mudanças, sejam elas boas ou não, fazem parte do processo de transição do ciclo da vida e, com certeza, nos fazem pessoas melhores. Temos uma capacidade de readaptação que vai muito além das nossas expectativas, sem precisar transformar a situação em uma tragédia grega. Lembre-se; o término de um problema é inevitavelmente o início de outro, portanto saiba transitar pelo ciclo de inércia econômica com tranquilidade e sabedoria.

Willy Schumann é jornalista e psicanalista

willyschumann@hotmail.com