Estabelecer um equilíbrio entre homens e mulheres em cargos de liderança é uma meta que poucas empresas e organizações conseguem alcançar, embora muitas busquem.
Vimos algumas semanas atrás uma repercussão nacional referente a falta de mulheres no ministério do atual governo. Uma pesquisa da Harvard Business school concluiu que a presença de altas executivas numa organização melhora a capacidade de retenção de funcionárias em cargos mais baixos. Mas mostra que, em empresas onde há muitas mulheres em cargos iguais, a possibilidade de uma funcionária deixar a empresa é maior. Segundo este estudo, quando uma mulher não tem colegas do mesmo sexo, há 90% de chance dela permanecer no cargo. Mas se metade da equipe é feminina, a possibilidade de permanência cai para 75%. O que seria uma inspiração pode tornar-se competição?
A questão da maternidade é um dos pontos que interferem na carreira das mulheres para que cheguem à liderança. Flexibilizar horários, possibilitar home office, creches para as crianças dentro da empresa e conectar profissionais a clientes próximos a sua residência são ações que estão auxiliando na retenção de talentos e permanência feminina dentro das empresas.
Mas será que para as mulheres, a perspectiva de crescimento de carreira está tão ruim que, ao menor sinal de competição, elas desistem?