Quando decidimos ir a Lima, em meados de 2012, tínhamos um objetivo em mente e resumia-se em passar bons momentos experimentando a bela gastronomia peruana, algo que eu e minha esposa apreciamos muito.

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E, embora tivesse estudado alguns pontos interessantes naquela capital para visitação, alguns turísticos e outros não, como sempre, tivemos muitas outras boas surpresas, dentre elas o vinho.

Iniciarei falando sobre a capital do Perú, que é belíssima, uma cidade diferente das demais capitais da América do sul, pelo menos na minha visão, e concluí não ser possível compará-la com essas cidades mais turísticas, pela sua singularidade. É algo pessoal… quem deseja algo trivial em uma viagem, de beleza previsível, Lima certamente não é sua melhor escolha como destino. Todavia, quem espera deparar-se com algo realmente diferente em uma viagem, independentemente se esse local foge do comum, do conforto, dos prédios perfeitos, das ruas planas, pode surpreender-se com Lima.

Algumas curiosidades interessantes…

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A 154 metros de altitude do mar, Lima encontra-se sobre um paredão que pode ser visto do oceano pacífico, ou de quem vem do aeroporto.

Há sempre uma névoa enigmática que tolda a cidade e traz uma umidade incomum, por vezes menos densa que permite alguns raios de sol entrecortados descerem até as ruas movimentadas da cidade.

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Os nativos não telham suas casas, há muitas apenas cobertas com lajes, pois a última “garoa” que asseou Lima aconteceu em 1973.

Além dessas curiosidades, devo dizer… Sim, a gastronomia peruana é refinada, uma das melhores que já provei.

Só Ceviche, foram vários. Difícil dizer qual o melhor, chileno ou peruano. Certo é que as batatas doces que acompanham o prato são realmente diferenciadas no Perú, pois é uma cultura de mais de 80 tipos de batatas.

Fomos ao La Rosa Náutica, um restaurante nascido em 1983, especialista em frutos do mar e banhado pelo pacífico, que se conecta ao longo de um trapiche, onde você pode apreciar um menu degustação da gastronomia local, tudo sobre as ondas que solapam o chão do restaurante. Vale a experiência e a cuidadosa seqüência.

Outro restaurante interessantíssimo é o Astrid Y Gaston, que foi contemplado em 2013 com a 1º. Colocação entre os 50 melhores restaurantes da América latina (Latin America’s 50 Best Restaurants 2013) e tem um atendimento próximo à perfeição. Programação imperdível para quem aprecia alta gastronomia.

Além de boas iguarias, também há boas bebidas… Pisco é normal por lá, sabíamos, mas nossa surpresa ficou por conta dos vinhos.

Provamos o Intipalka, elaborado pelo Valle Del Sol, um vinho normalmente bivarietal com as características de um bom sul-americano, mais para um chileno que um argentino, madeira bem integrada, contudo, sem exageros.

Na mesma linha, em um estilo um pouco mais europeu e refinado, embora 100% tannat, foi o Don Manuel, um clássico vinho peruano. Ambos os vinhos, surpreendentes! Pena ainda não os encontrarmos facilmente por aqui.

Além disso tudo,  existem ainda vários sítios arqueológicos, inclusive no centro de Lima, igrejas e masmorras da época da inquisição e várias outras atrações.

Aproveite conhecer toda essa diversificação e surpresas em um só lugar, além, é claro, dos vinhos….

Bom final de semana e até a próxima coluna!

Cheers!