Saudações amigos. Nada melhor e mais oportuno do que falar de futebol hoje, aproveitando a Copa do Mundo e enfocando mais precisamente da atuação da nossa dramática Seleção Brasileira no jogo contra o Chile pelas oitavas de final.

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O que tem gerado muitos comentários e críticas na imprensa internacional não é apenas a questão técnica e a dificuldade em vencer o adversário nos pênaltis tendo que contar com a sorte, mas principalmente o despreparo emocional dos nossos jogadores, revelado pelas suas atitudes dramáticas antes, durante e depois das cobranças de pênaltis.

Para o torcedor que assiste em casa ou no estádio, isso torna o jogo mais emocionante. Porém para os analistas esportivos isso é sinal de preocupação, pois em situações limite como essa os comandos do corpo e da mente do atleta não funcionam tão bem e os erros, chutes para fora, e atitudes extremas de agressividade começam a ocorrer e se alastrar pelo grupo.

Não somente no futebol, mas também em outros esportes é muito comum ver essa diferença no padrão de comportamento dos atletas brasileiros em relação aos estrangeiros. Quando os atletas brasileiros pegam pódio, choram, enrolam-se na bandeira, pulam sem parar. Já os europeus, por exemplo são extremamente frios e não mudam tanto de expressão seja na vitória ou na derrota. Acontece que, essa aparente frieza é na verdade fruto de uma intensa preparação psicológica que recebem como treinamento, coisa que nossos atletas em sua maioria não tem.

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Por outro lado, pode ser que essa seja uma característica dos atletas brasileiros a fazer diferença para melhor, pois talvez seja a única forma de unir esses 11 jogadores, que chamamos de “Seleção Brasileira”. Mas onde cada um joga em um clube e lugar diferente e se encontram para treinar juntos e criar a identidade do time para a copa pouquíssimo tempo antes dos jogos.

Isso representa um enorme desafio para qualquer treinador, pois cada um traz não somente o seu futebol, mas também seu ego, potencializado pelos altos salários que já recebem. Desta forma, muitos parecem que não desenvolvem aquele amor e raça pela camisa verde amarela, até a hora que passam um sufoco semelhante ao que aconteceu com o Chile.

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Logo, penso que esses jornalistas estrangeiros possam estar errados e essa fraqueza pode se transformar em nossa maior força. Se a partir daquele jogo eles tiverem saído diferentes, focados e de alma lavada por toda essa emoção, se tornarão mais destemidos daqui para frente.Suponho também, que esses críticos estrangeiros ainda não perceberam que não adianta analisar estatisticamente a Seleção Brasileira e que toda esses picos emocionais já nos renderam sim muitas derrotas, mas também graças a isso já viramos o jogo muitas vezes e contrariando todas as previsões fomos campeões. Veremos desta vez, grande abraço!