Bernard Hudelot é o nome dele, enólogo e professor há mais de 20 anos na Universidade de Dijon, Bourgogne, França, mestre em Bioquímica e Fisiologia Vegetal e Doutor em Viticultura, um dos mais respeitados enólogos do mundo. Sua produção limitada de vinhos à frente do afamado Château de Villars-Fontaine, localizado em Hautes, Côtes de Nuits, Borgonha, elabora vinhos com a velha filosofia francesa local, visando elegância e longevidade em garrafa. Ademais, é consultor em regiões em desenvolvimento para o cultivo de parreirais, tais como Tahiti, Gabão e Birmânia.
Figura carismática, de admirável diversidade cultural, criou uma base de sua filosofia tradicionalista para o convencimento dos participantes, membros da confraria Cavaleiros do Tastevin, tudo corroborado e traduzido pelo seu fiel escudeiro Jean Claude Clara, residente em Beune, consultor de vinhos e negociante de vinhos raros através da loja Cavisteria (www.cavisteria.com), Chef de cozinha e criador do projeto Éléphant Rouge, um vinho de garagem elaborado no Vale dos Vinhedos através dos métodos franceses de vinificação.
Início da noite, reunidos na casa do confrade Geraldo, o Presidente Miguel abriu os trabalhos falando um pouco sobre a confraria, apresentando os demais, Julio, João, Paulo, André, Giancarlo e este colunista Garrett, depois passou a palavra ao Jean que, em uma conversa informal e enriquecida de informações, transmitiu-nos detalhes sobre a perfeita localização da Borgonha, que gera vinhos elegantes, complexos e de guarda, além de sua atual exposição no mundo.
O Sr. Bernard discorreu lenta e cuidadosamente sobre sua descoberta relacionada à técnica da micro-oxigenação do vinho em barrica de carvalho, mesmo antes de Michel Rolland testá-la e divulgá-la, dos exames a longo prazo sobre os taninos provenientes da madeira e suas conclusões, das dificuldades do terroir perfeito frente a atual produção de grandes pinot noir e da possibilidade de regresso de grandes Gamay naquela região.
A noite foi regada à vinhos da Borgonha, avaliações e bate-papo sincero e amistoso, com pratos bem elaborados pelo Chef Português Antônio, que dividiu os trabalhos com o cavaleiro e também Chef André, tudo supervisionado pessoalmente pelo antitrião Geraldo, e concluímos concedendo aos convidados o título de Cavaleiro Honorário dos Cavaleiros do Tastevin, com direito à fixação do nosso pin de lapela em seus trajes, elaborado pelo confrade João, e a cessão de nosso manual resumido sobre técnica de degustação moderna.
Contatos efetivados, a programação futura é visitá-los num dos melhores terroirs do mundo para elaboração de vinhos, quiçá o melhor, para visita à vinícola e aos enigmáticos Chevaliers du Tastevin, que deram base à nossa iniciação.
Até a próxima coluna… Cheers!