Livrar-se do rótulo de ex-paquita pode ser um pouco difícil para algumas meninas que surgiram no Xou da Xuxa. Entretanto, para outras como Letícia Spiller, Bianca Rinaldi e Monique Alfradique, trabalhar como assistente de palco de Xuxa Meneghel foi apenas o início do currículo. Paquita dos 12 aos 15 anos, Monique, que hoje está com 19, conseguiu um espaço para atuar na tevê ao interpretar a Branca de A lua me disse, em 2005, e agora se consolida na profissão como a ?patricinha? Priscila, em Malhação.

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Para a garota, o trabalho com Xuxa representou um diferencial na sua opção pela teledramaturgia. Com as outras meninas da chamada ?geração 2000? de paquitas, ela teve cursos de teatro com a atriz Monah Delacy e de cinema com a cineasta Tizuka Yamazaki, além de aulas de patins, artifício que usou para a composição da Priscila. ?Não sei se teria feito esses cursos se não fosse paquita. E as aulas de patins então, foi uma ótima coincidência?, avalia.

A paixão de Monique pela interpretação vem desde a infância, antes mesmo de ser paquita. Ela até começou alguns cursos, mas teve de interrompê-los para trabalhar com a ?Rainha dos baixinhos?. Por isso, assim que o programa acabou, em 2002, ela retomou o curso no Teatro Tablado, no Rio de Janeiro, e ingressou na faculdade de Artes Dramáticas. ?Mas tive de trancar por causa da Branca?, explica, referindo-se à inocente personagem de A lua me disse. Daí para a antagonista de Malhação, foi um pulo. ?Não dá tempo para mais nada. Mas não posso reclamar. Estou muito feliz com a Priscila?, orgulha-se a niteroiense, que não tem planos de se mudar para o Rio de Janeiro.

Na novelinha, Priscila é uma espécie de ?Barbie? que disputa o amor de Cauã, papel de Bernardo Melo Barreto, com a skatista Manuela, interpretada por Luiza Valdetaro. Mas a rixa entre as duas mocinhas vai muito além do ?garoto bonitinho-certinho? que é Cauã. ?Acho que a Priscila não gosta da Manuela por causa do jeito de vestir, de falar e de ser?, opina Monique, garantindo que a personagem ainda vai aprontar muito em Malhação.

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?As pessoas só me conheciam como ex-paquita?

Como você se preparou para interpretar a Priscila sem ficar caricata?

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Pesquisei muito esse lado das meninas que assumem o lado ?patricinha? e tive muito cuidado com o exagero. Por isso, assisti a filmes como Legalmente loira e Meninas malvadas e peguei o jeito de andar, de falar e de mexer no cabelo. Conversei com amigas que me deram dicas para usar palavras em inglês nas frases, como honey e fashion. Sem contar o gloss e as unhas francesinhas, marca registrada dessas meninas.

A Priscila já é o seu segundo papel de protagonista. Como foi isso para você, que vinha de uma carreira de paquita?

A Branca foi um desafio para mim, até porque eu trabalhei com figuras que sempre admirei como a Maitê Proença e a Débora Bloch. Foi um papel que valeu muito para a minha carreira e pelo qual eu trabalhei muito, pois faço teatro desde os nove anos de idade. Foi marcante porque as pessoas até então só me conheciam como ex-paquita. A Priscila, acho que é uma conseqüência do bom desempenho que eu tive como a Branca.

Como você acha que o fato de ter sido paquita influenciou na sua carreira de atriz? Você sofreu algum preconceito?

Muito pelo contrário. Eu comecei a trabalhar com 12 anos de idade, e acho que isso me amadureceu muito, pois eu tinha uma responsabilidade maior do que outras meninas da minha idade. Tive de me disciplinar, aprendi a lidar com muita coisa. Só tenho de agradecer ao Xou de Xuxa e à Xuxa, que sempre soube do meu sonho de ser atriz e me ajudou muito.

Objeto de consumo

Ouvir cantadas de mulheres mais velhas nas ruas não chega a ser novidade para Cauã Reymond. Mas tudo tem limite. Depois que assumiu o posto do garoto de programa Mateus em Belíssima, o ator, de tenros 25 aninhos, tem andado até assustado. E volta e meia é surpreendido com tiradas mais ?picantes? de fãs desinibidas todas de faixa etária e comportamento bem ?avançados?, se oferecendo como novas ?clientes?. ?Às vezes eu olho e penso que algumas poderiam ser minhas avós?, diverte-se.

Mas nada é gratuito. Afinal, todas essas ?vovós? vêem o ator todo dia na pele de Mateus, que não dispensa uma ?coroa? a quem possa proporcionar intensos momentos de prazer em troca de uma boa grana. A clientela crescente do personagem já conta com Ornela, Mary Montilla e Guida Guevara, vividas por Vera Holtz, Carmem Verônica e Íris Bruzzi.

Para o pai, o ingênuo Cemil, interpretado por Leopoldo Pacheco, o garoto é apenas um esforçado estudante de Direito, se bem que ultimamente a família anda desconfiada de suas más intenções com a prima Giovana, interpretada por Paola Oliveira. ?Sem hipocrisia, o Mateus é amoral. E tenho um prazer enorme em fazê-lo sem nenhum escrúpulo. Mas também tento mostrar seu lado humano?, ameniza, satisfeito por ter tido a oportunidade de interpretar um michê na idade certa.

Construção do michê

Para embarcar no universo, como ele não se cansa de dizer, da ?profissão mais antiga do mundo?, Cauã conversou com profissionais do ramo, tanto homens quanto mulheres, e assistiu a filmes como O talentoso Mr. Ripley, de Anthony Mighella, e Ligações perigosas, de Stephen Frears. Não que os longas tenham relação direta com a prostituição, mas os personagens centrais têm personalidades extremamente dúbias, ponto de partida do ator para ?encarnar? o Mateus. ?Eles são extremamente sedutores, manipuladores, mentem descaradamente… Com essa base, deixei minha imaginação fluir?, pontua.

Do contato com os garotos e garotas de programa, ele garante que perdeu a visão preconceituosa e passou a enxergar a profissão como uma coisa ?apenas diferente?. A maior surpresa que teve foi ao perceber que muitos só embarcam no meio para conseguir dinheiro para sustentar o vício das drogas. ?Isso me incomodou. Mas não concordo nem discordo. Apenas respeito?, limita-se a dizer.

Respeito, aliás, é algo que o ator acredita estar ganhando cada vez mais desde que estreou na tevê. Ele ressalta que também já experimentou preconceitos, já que começou a carreira como modelo, foi lutador de jiu-jitsu e sua primeira oportunidade de atuar foi na novelinha Malhação, em que fez o Mau Mau. Depois, vieram o Thor Sardinha, de Da cor do pecado, o Floriano, de Como uma onda, e agora o Mateus, que ele classifica como um ?divisor de águas? de sua carreira. ?Se você não batalhar para deixar de ser apenas um enfeite, não vai a lugar nenhum?, ensina.

Adepto da ioga, prática que adotou com a influência da ex-mulher, a atriz Alinne Moraes, Cauã diz ter aprendido a lidar com a ?violação de privacidade? imposta pela carreira na tevê. O truque, segundo ele, é fechar o ?campo energético? para ser menos notado. ?Não ando com a cabeça levantada?, explica. A análise e a autocrítica são outras ?armas? para lidar com a superexposição. ?Aprendi que a minha vaidade não precisa estar otimizada o tempo todo. Isso não é bom, nem para mim, nem para os que me cercam?, filosofa.

Ação

A sessão Oito e meia no cinema Cinespecial exibe hoje Duro de matar 3: A vingança, de John McTiernan. Com Bruce Willis, Jeremy Irons e Samuel L. Jackson no elenco. Uma bomba explode em uma loja de departamentos em Nova York. O inspetor Carl recebe uma ligação do misterioso Simon, que exige a presença do rebelde detetive John McLane nas ?negociações? do atentado. Às 20h30, no SBT.

Música

No programa do Raul Gil, estréia hoje o quadro A nossa homenagem ao compositor, uma forma de homenagear os criadores de muitas letras de músicas que estão nas paradas de sucesso, pela voz de cantores famosos, mas que continuam desconhecidos pelo grande público. O primeiro convidado é o compositor Peninha, que tem músicas consagradas gravadas por Caetano Veloso, Fábio Jr., Daniel, Roberta Miranda e muitos outros. Às 14h, na Band.

Maconha

O Domingo espetacular chega ao polígono da maconha, no interior de Pernambuco, onde os moradores viraram reféns da droga. Plantações de mandioca e milho viraram grandes campos do cultivo da erva proibida. O ator mirim Pedro Malta apresenta o quadro O artista é o bicho, que mostra os melhores comerciais em que os bichos são as estrelas. O programa mostra ainda a explosão de uma nova droga, o ?crystal?, mistura de ectasy e rebite, bastante usada nas boates gay dos Estados Unidos e que pode levar a morte. Às 18h, na Record.

Skate

O Esporte espetacular mostra hoje um campeonato de skate nada convencional. É a disputa travada na Batalha do Forte, prova que reuniu feras do street skate em Salvador, na Bahia. Em vez de saltos em obstáculos comuns, os 30 participantes que chegaram às últimas fases competiam como se estivessem em uma batalha mesmo: as manobras eram feitas sobre canhões, barris e até sobre um baú de tesouro. Às 9h30, na Globo.

Turismo

O Planeta Turismo de hoje desembarca na histórica capital do Maranhão, São Luís. A viagem começa mostrando o centro histórico da cidade e depois segue para as praias, mostrando os recantos do Estado. No município de Raposas, a equipe do programa faz um passeio de barco por dunas até chegar num cultivo de ostras. Às 7h30, no SBT.

Já imaginou?

Neste exato momento cerca de 1.900 privilegiados estão mais do que imaginando a possibilidade de viajar num transatlântico que leva a bordo um dos artistas mais amados do Brasil. Eles viajam desde ontem num cruzeiro com Roberto Carlos.

Estão a bordo de um chiquetésimo, com direito a show com o rei vestido de marinheiro, cassino, culinária de alto padrão, bares, piscinas e todo tipo de mordomia que se espera de um hotel com doze andares e de quatro a cinco estrelas. Alguns desembolsam em torno de R$3.000,00, outros, cerca de R$10.000,00, só com o pacote que inclui apenas as acomodações e refeições.

O embarque no navio Costa Victoria foi no porto paulista de Santos, em São Paulo. Os destinos, Angra dos Reis, com passagem pela Ilha de Caras, Búzios e praia de Copacabana. Isso para quem comprou os pacotes de quatro dias.

Os ainda mais sortudos, que investiram em uma semana de viagem, farão um trajeto duplo, que inclui passeio por Ilha Bela e ingressos para não apenas um, mas dois shows do rei. Que tal…já deu para imaginar? Se ainda não deu, continue tentando enquanto lê o restante da reportagem.

Prazer

A idéia de levar famosos mar afora é nova no Brasil, onde o Projeto emoções pra sempre foi pioneiro ao apostar no poder de Roberto Carlos. O teste bem-sucedido do Costa Victoria aconteceu no alto verão do ano passado.

Na seqüência dele, surgiu a concorrência altamente estruturada da CVC Cruzeiros, com projeto cultural envolvendo três navios na temporada, que começou em dezembro, com uma viagem comum para os europeus.

Os navios da operadora, que forneceu as fotos de instalações para a reportagem, começaram a temporada a partir da realização do que os franceses e espanhóis conhecem como houseship, ou seja, com festa de música eletrônica. Otávio Mesquita, que aparece no cassino da foto da Caras, foi um dos famosos convidados para promover a festa.

Depois, cada viagem promoveu show específico: de Fábio Jr., de peça de teatro com Regina Duarte, e apresentação de Ivete Sangalo à beira da piscina, na parada do navio em Salvador. No pós-Carnaval, no início de março, Bruno & Marrone estarão à frente do chamado Cruzeiro Country, com outras duplas sertanejas.

Distância

A conta da realização desses sonhos de consumo não é o que se possa chamar de modesta, e não inclui brindes adicionais como tapinha nas costas, foto, autógrafo ou bebidinha com bate-papo ao lado de seu ídolo no final da tarde, à beira da piscina.

Sua majestade, o rei e os outros famosos dessas promoções costumam passar o dia fechados em suas cabines e só saem para os shows, sempre protegidos por seguranças. A equipe de Roberto Carlos, por exemplo, envolve uma centena de pessoas no esforço para garantir o show e a privacidade dele, que circula no navio durante a madrugada, quando pode dar uma passada no cassino. Fábio Jr. se garantiu levando também as melhores companhias, como a namorada Elisabeth Kara Tabakov, Beth, que na foto da Caras aparece com ele na torre de comando do navio. Além dela, levou os filhos Tainá, Krizia e Felipe, faltando apenas a atriz Cleo Pires para completar a família.

Economia

Quando se fala na economia de um navio estamos falando em cotação em dólar. Nos pacotes desses cruzeiros, o que se pagam são cinco refeições por dia, shows e as acomodações previstas. Cerveja, uísque e outras bebidas alcóolicas são cobradas à parte, assim como as taxas portuárias, de até R$ 400,00 por pessoa. Nas lojas a bordo, que oferecem de bronzeadores a jóias, compra quem quer e pode. Massagens ou cabeleireiros também entram como extras.

O valor dos pacotes varia conforme o roteiro, número de dias a bordo, localização e tipo da acomodação. Quanto mais alto o deck, ou andar do navio, e quanto mais bacana a paisagem a partir do quarto, maior o custo da realização de seu sonho de ser fã em alto-mar.

Já as refeições e o atendimento são iguais, não importando se você gasta com cabines duplas, triplas, sem paisagem, ou com minissuítes e suítes completas, que têm dois quartos, hidromassagem e o marzão todo ao seu dispor.

Variações

O pacote de sete pernoites no navio que promove Roberto Carlos custou de quase R$4.000,00 a R$ 10.000,00 por pessoa só com o que você já sabe que está incluído. A opção pelo cruzeiro de três noites, numa cabine interna, sem vista para o mar, no entanto, foi bem mais econômica, a partir de R$2.000,00 por pessoa.

Para ter uma cabine simples e com paisagem você gastaria uns R$ 100,00 a mais. No cruzeiro com Fábio Jr. houve quem garantisse sua condição de fã marítimo com pacotes por valores ainda menores: a partir de R$1.500,00 em cabine dupla interna para o trajeto Santos, Búzios, Angra dos Reis, Florianópolis, Santos.

No Cruzeiro Country, com Bruno & Marrone, as posibilidades partem desse mesmo padrão de preço e ocupação, com a alternativa da vista elevando o valor para quase R$2.000,00. O roteiro é de quatro noites, de Santos, a Angra e Ilha Bela, com retorno a Santos.