É difícil imaginar Diogo Vilela, 50 anos, como uma pessoa tímida, discreta. Mas no dia-a-dia, quando não está em cena com um dos inúmeros papéis de humor que encarna na televisão, ele é um cara sossegado, que procura a solidão para colocar as idéias em ordem. “Eu preciso ficar só para poder refletir. Sou muito na minha, por isso preciso cultivar este lado de ‘pessoa normal’”, explica o ator, em entrevista por telefone à Tribuna Pop.
E é com este lado introspectivo que hoje à noite ele sobe no palco do Guairão para viver o pérfido Iago, na peça Otelo, um dos mais importantes trabalhos de Willian Shakeaspeare, escrito em 1604. “Eu adoro Shakespeare, estudo sempre. É um hobby pra mim”, destaca o ator que também dirige o espetáculo ao lado de Marcus Alvisi.
Com 38 anos de carreira e dividindo-se entre o teatro e a televisão – atualmente ele vive o dentista Arnaldo em Toma lá da cá, na Globo -, Diogo conta que sente uma necessidade constante de reciclar seu trabalho, fazer uma “nova investigação” da interpretação e por isso encara desafios da proporção de Otelo, um megaespetáculo que envolve mais de uma centena de pessoas, entre atores e equipe técnica.
Vencedor do Prêmio Shell de Teatro no Rio de Janeiro no ano passado por sua performance como Cauby Peixoto no musical Cauby! Cauby!, Diogo Vilela é a prova de que o teatro no Brasil pode dar lucro. “O teatro me recompensa financeiramente porque minhas peças sempre lotam”, salienta. Mas tudo isso é resultado de muito trabalho, estudo e dedicação. “Não é o meu nome que abre as portas (para os patrocínios culturais), mas o meu trabalho consolidado. O teatro é uma arte que tem que ser patrocinada e eu enlouqueço para convencer que o projeto é de qualidade”, destaca. Otelo, por exemplo, tem patrocínio da Bradesco Seguros e Previdência e ainda co-patrocinadores e vários apoiadores.
O espetáculo em Curitiba será no Grande Auditório do Teatro Guaíra, às 21h. Os ingressos variam de R$ 40,00 a R$ 80,00. Informações pelo telefone 3304-7982.
Premiação
Em festa que durou pouco mais de duas horas e meia, a MTV Brasil realizou a 14.ª edição do Vídeo Music Brasil, o VMB, em São Paulo. O evento, realizado na noite de quinta-feira, foi encerrado com uma apresentação conjunta da banda Fresno e da dupla Chitãozinho e Xororó, que interpretaram a canção Evidências, de autoria da dupla de sertanejos.
O grupo NX Zero confirmou o favoritismo e venceu nas três principais categorias – Clipe do Ano (da música Pela Última Vez), Hit do Ano (idem) e Artista do Ano. A cantora Pitty foi a vencedora da categoria Show do Ano. A Revelação do Ano foi para o grupo Strike. Os demais premiados: Web Hit: Dança do Quadrado; Melhor Artista Internacional: Paramore; Aposta MTV: Garotas Suecas.
Por falar em NX Zero, os rapazes se apresentam hoje em Curitiba, a partir das 16h, no Curitiba Master Hall. Os ingressos estão à venda pelo Alô Ingressos (3284-6723) ou no site www.aloingressos.com.br e custam R$ 39.
Platéia internacional
Júnior Lima estreou com “pé direito” sua nova banda Nove mil anjos. A apresentação da música Chuva agora, feita na palco do Vídeo Music Brasil 2008, agradou os convidados e principalmente Natassia Malthe, o novo affair do cantor. A atriz norueguesa veio ao Brasil especialmente para prestigiá-lo. Os dois desfilaram de mãos dadas e não economizaram carinho diante das lentes dos fotógrafos. Após o show, o cantor declarou que a apresentação foi “adrenalina pura” e que não quer rotular o estilo da banda. “É rock. Cada um tem seu gosto e achamos esse ponto em comum”, afirmou.
Sandy aproveitou para sair da toca e foi ao evento acompanhada do marido Lucas Lima, dos pais e do tio Chitãozinho. Entre as demais celebridades que compareceram, ao evento estavam o nadador César Cielo, o ator Marcos Pasquim e os músicos Rogério Flausino, Beto Bruno, Marcelo D2 e os integrantes do Titãs.
Bruxinho de ouro
Você já imaginou ganhar R$ 17,00 a cada segundo durante um ano? A dona desta façanha é a autora da série Harry Potter, J.K. Rowling, que faturou 5 libras por segundo em 2007. Ela liderou a lista dos escritores mais bem pagos do mundo no ano passado, publicada pela revista Forbes.
Segundo a revista, a autora acumulou US$ 300 milhões em 2007. O sucesso começou há 10 anos, quando J.K escreveu o primeiro livro da série sobre o mago. Desde então, os sete volumes escritos por ela já venderam 400 milhões de cópias e foram traduzidos para 67 idiomas. O último volume da série, Harry Potter e as relíquias da morte, já vendeu 44 milhões de exemplares desde seu lançamento, no ano passado. Segundo a Forbes, 15 milhões deles foram nas primeiras 24 horas de venda.
No cinema, a série Harry Potter já gerou US$ 4,5 bilhões em bilheteria no mundo todo – e a autora ainda terá mais três filmes pela frente. “A magia transformou J.K. Rowling de uma mãe solteira pobre, que dependia de benefícios, em uma bilionária”, afirmou um porta-voz da Forbes.
A renda de J.K. em 2007 foi seis vezes maior do que a do segundo lugar da lista, o escritor James Patterson, autor de Na teia da aranha, que faturou US$ 50 milhões no ano passado.