Com mais de 23 milhões de cópias de discos vendidas ao longo de 15 anos de carreira, a dupla Zezé Di Camargo e Luciano se prepara para voltar a Curitiba com o show Na estrada, que acontece no sábado, dia 9, no Master Hall. Em entrevista à Tribuna Pop, Luciano fala que se apresentar para o público paranaense sempre é uma experiência gratificante para a dupla. ?Recebemos o título de Cidadão Honorário do Paraná e isso nos deixa muito orgulhosos?, afirma.

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Mas, ao contrário do que parece quando está na televisão, Luciano não é nem um pouco tímido e demonstrou estar bastante inteirado do que acontece com a cultura brasileira. ?Na tevê sou tímido mesmo. Como é um veículo muito dinâmico, você corre o risco de deixar uma frase no ar, ser mal interpretado?, explica.

Casado há três anos com a arquiteta Flávia Seraceni da Fonseca Camargo, ano passado Luciano viu sua vida pessoal ser vasculhada depois que sua ex-mulher, Cléo, declarou, em um programa de televisão, que o cantor era homossexual. Mais de um ano após o episódio e com processos contra a emissora, a Rede TV!, e contra a própria Cléo, Luciano fala que exceto esse episódio, normalmente mantém um bom relacionamento com a imprensa. ?Sempre limitei a exposição na mídia e, nos momentos em que apareço, me sinto envaidecido por isto?, salienta.

 Antenado

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Com conhecimento de causa, Luciano fala de cinema – e não apenas de 2 filhos de Francisco -, de política cultural, de literatura, da família e até de sua paixão por cães. Mas não engole as críticas infundadas ao estilo musical da dupla. ?A crítica especializada melhorou muito, mas ainda existem profissionais que têm mania de falar mal só porque não gostam do gênero?.

Apesar da agenda lotada por conta dos shows no Brasil e no exterior – são cerca de 130 apresentações por ano -, Luciano conta que tem muita vontade de trabalhar com cinema, algo que ele ama, apesar de admitir não ter conhecimento técnico. Indiretamente, já deu várias sugestões para adaptação de roteiros e vive em busca de novidades que envolvam a ?sétima arte?.

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?O cinema brasileiro ainda é muito injustiçado. Há filmes bons, premiados, que são pouco divulgados?, destaca. E admite que torce para que o recorde de público de 2 filhos de Francisco seja quebrado em breve por alguma outra produção daqui.

?O importante é termos bons filmes para mostrar o potencial brasileiro?, finaliza.