Tempo de chocolate

Nem só de ovo de chocolate se faz uma Páscoa. Ele ainda é o principal presente nessa época, mas a moda é usá-lo como ?embalagem? para brinquedos, sorvetes e bombons. Vale tudo para agradar o consumidor que há mais de um mês convive com corredores cheios de novidades nos supermercados da cidade.

Nunca a indústria do chocolate investiu tanto numa data: 140 lançamentos só para essa Páscoa. O interesse se justifica: nos 40 dias que antecedem o feriado esse pessoal fatura o equivalente a 20% do total anual. A maioria é comprada nos supermercados, que montam verdadeiros corredores de tentação.

É difícil resistir, mas há esperança. Se vocênão pode comer o chocolate normal há versões pacoalinas diets, sem açúcar, lactose e glúten. Mas, se o problema é pouca grana o jeito é procurar as opções mais em conta, e elas existem!

Bom, bonito e barato!

A cenoura da Nutty Bavarian tem 160g, e dá pra escolher o conteúdo entre castanha de caju, amêndoa, macadâmia, noz pecan e amendoim: pode ser um ou até um mix com todos os tipos. E ainda vai com ?dentes de coelho? pra se caracterizar e entrar no clima.

R$ 10,00

Os ovinhos de marzipan marmorizados (35g) são de diversas cores e embalados em saquinhos e laços de fitas. Um mimo elegante para presentear e também compor as cestas de páscoa e decoração de mesas.

R$7,00 cada um

O ovo do Smilingüido (135g) é para cristãos. Feito com chocolate ao leite e confeitos coloridos da Garoto, ele vem recheado com a formiguinha e a mensagem ?Deus cuida de mim?.

R$ 12,99

A Colomba Pascal Bauducco em formato oval ficou mais prática na hora de servir.

A tradicional, de frutas, é a mais vendida, mas existem outros sabores para experimentar.

Mini frutas e gotas R$ 2,49

Frutas e gotas cartão R$ 8,49

Frutas e gotas latas R$ 13,79

Maxi R$ 9,99

Brownie e trufa R$ 11,49

O ovo Tri-Gostoso, da empresa paranaense DEJC Alimentos, não tem açúcar, lactose e glúten, mas tem aprovação rabínica e selo Kosher. Nas versões tabletes (25g) e Ovos de Páscoa (230g) podem ser consumidos por diabéticos, celíacos e judeus ortodoxos.

Barra R$ 1,50

Ovo R$ 17,00

Mesas de festa

Foto: Divulgação
O dourado – como ovos de verdade pintados – enfeita essa mesa com sofisticação.

Em São Paulo, há cinco anos arquitetos se reúnem para expor mesas decoradas para a Páscoa numa das lojas de decoração mais chiques da cidade. A mostra fica na Grifes & Design, na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, até a véspera do feriado, mas pelas fotos já dá pra se inspirar e fazer algo diferente para reunir a família. Vale usar flores, castiçais, louças brancas ou coloridades. Só não pode desperdiçar a oportunidade de usar a imaginação. Divirta-se!


Sinal verde

Foto: Luiza Dantas/CZNNão é de hoje que Letícia Spiller é apaixonada pela Região Amazônica. Desde pequena, a atriz que dá vida à seringueira Anália na segunda fase de  Amazônia – De Galvez a Chico Mendes sempre teve curiosidade pelos assuntos relacionados ao meio ambiente. Além disso, há tempos o tema ambiental faz parte do universo familiar de Letícia. ?Minha irmã é da WWF e viaja o Brasil inteiro fazendo palestras de conscientização ambiental?, acrescenta.

Na trama escrita por Glória Perez, Anália é ?cria? do coronel Augusto, interpretado por Humberto Martins, que a educou desde criança. Quando a menina ficou maior, o coronel passou a manter um caso com ela. ?Ela é a namoradinha dele!?, descreve. O mais inusitado da história é que o próprio coronel Augusto vai arranjar um casamento para Anália com Tiburtino, de Ernani Morais.? Anália vai ter cinco filhos e quatro vão ser a cara do coronel Augusto?, diverte-se. Mas Letícia não se espanta com essa situação de ser amante do coronel e até explica que na época os costumes da região eram assim, bem diferentes dos hábitos das cidades grandes.

Para interpretar a seringueira, a atriz não precisou fazer nenhum laboratório específico. Afinal, antes de iniciar as gravações da minissérie, ela já havia passado 15 dias na selva com os índios Ashaninka. Isso porque ela editou um documentário sobre o projeto Escola da floresta, que envolve índios e seringueiros no Acre.

Quando leu a sinopse da minissérie, o que mais encantou Letícia foi saber que sua personagem cantaria. ?Acho que a Glória adivinhou meu pensamento, porque eu queria muito uma personagem que cantasse. Até mesmo para reforçar o quanto ela é feliz?, entrega. Por sinal, a maneira feliz como o povo acreano vive também comoveu a atriz. ?O povo de lá me ensinou a ser feliz sem precisar de muita coisa?, filosofa a atriz.

O convite para participar da minissérie de Glória Perez surgiu da própria artista. Por gostar tanto do tema ambiental e estar completamente envolvida com o Acre por conta do documentário que editou, Letícia procurou a autora e se ofereceu para atuar em Amazônia. ?Pedi para a Glória um papel. Eu tinha de fazer parte deste projeto?, empolga-se. A atriz contou à autora que havia editado um documentário sobre os índios e tinha gostado muito da experiência. ?Meu coração já estava no Acre. Tinha uma parte de mim lá?, confessa.

Carla Neves – PopTevê

Sem preconceitos

Foto: Pedro Paulo Figueiredo/CZNEm 1999, Carlos Casagrande participou do teste para viver o protagonista Matteo em Terra nostra. Mas ele ?travou? durante a cena de avaliação. E saiu de lá certo de que não ganharia o personagem, que acabou nas mãos de Thiago Lacerda. ?Eu não estava pronto. Hoje comemoro o fato de não ter passado?, garante. Por aí, dá para perceber que o ator de 38 anos, que interpreta o Rodrigo em Paraíso tropical, usa a paciência a seu favor. E é a ela que ele credita sua trajetória profissional e a chance de interpretar um homossexual na trama de Gilberto Braga. ?Não tive uma carreira meteórica e isso é muito bom. Conquistei espaço aos poucos. Pude errar sem ser criticado e hoje me sinto preparado?, argumenta.

Na história, Carlos é Rodrigo, assistente do presidente do grupo Cavalcanti, Antenor, vivido por Tony Ramos. Competente, Rodrigo vive consertando as ?grosserias? do patrão porque o milionário não é lá muito ?fino?. O personagem mora com Tiago, de Sérgio Abreu. Os dois lindíssimos por sinal, vivem juntos, trabalham na mesma empresa e seu relacionamento gay é bem aceito por todos. ?A homossexualidade é um assunto recorrente em novelas, e tem de ser, porque os gays estão em todo lugar?, admite, afirmando que não está previsto qualquer beijo entre eles. ?A primeira coisa que o Gilberto nos passou é que, em relação a trejeitos, eles não dão pista de que são gays. Fiz um trabalho de corpo para que ele não seja do tipo afetado, mas tenha uma espécie de relaxamento. Como não é uma coisa comentada entre os personagens nem entre eles, sua condição sexual só fica clara em situações de cena, como ele chegando em casa, trocando de roupa na frente do outro, os dois conversando na mesma cama, enfim, coisas que dão a entender que eles vivem juntos. Esse é o diferencial?, explica.

Fabíola Tavernard – PopTevê

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