Até agora, Diogo ?apareceu? em cena enviando cartões postais a Helena, de Regina Duarte, seu antigo amor da época de faculdade, com quem sempre teve uma relação tempestuosa. ?Acho que existe muita tensão entre os dois, mas também muita afinidade. Tanto que ele volta ao Brasil por causa dela?, argumenta Marcos Paulo. Para se preparar para o papel, prefere construí-lo de fora para dentro. ?O figurino é muito importante. Me olho no espelho e vou buscando esse homem?, filosofa. Mas foi no texto de Maneco que ele encontrou a personalidade que tanto queria descobrir. ?Cada palavra tem um porquê, uma intenção. É um papel que se constrói a cada dia?, sintetiza.
Conspiração do destino
Estreante na crônica diária do autor, Marcos Paulo já ensaiava com Manoel Carlos uma parceria há alguns anos, mas a oportunidade nunca chegava. A agenda do também diretor de núcleo da Globo não permitia tempo para que essa sedução se concretizasse. No que parece uma conspiração de coincidências, dessa vez deu certo. ?Eu iria dirigir uma novela das seis, que acabou não acontecendo e o Maneco me ligou para fazer um personagem. Estou muito feliz de ter conseguido, finalmente, estar numa novela dele?, derrama-se.
Mesmo com décadas de experiência, é possível notar em Marcos Paulo uma evidente euforia com o novo trabalho. Ele, que já trabalhou com Gilberto Braga e Aguinaldo Silva – como diretor e como ator -, ainda tenta se encaixar no tom naturalista de Maneco. ?É bem mais difícil. Você não pode criar um tipo, porque o personagem que faz pode estar ali na esquina?, pondera. E, no caso de Diogo, a esquina fica no continente africano, para onde vai, com a experiência que tem como infectologista, cuidar de doentes de aids. Para gravar na África, em campos de refugiados, só foram Marcos e o diretor Jayme Monjardim. Mantida em sigilo no início, a viagem também serviu para que o ator reconhecesse certos fragmentos de Diogo. ?Esse homem não pode voltar ao Brasil como foi. O que viu ali é muito duro?, avalia. Para o próprio ator, a viagem foi um choque. E ficou marcado no olhar meio perdido que exibe quando conta o que viu. ?O coração do mundo sangra lá mesmo. E parte desse mundo prefere não saber o que acontece. É mentira que a miséria é igual em todo lugar. Lá, é muito pior. E ainda assim as pessoas riem e são alegres?, impressiona-se.
Com 55 anos, Marcos Paulo acha que já passou por muita coisa. Já foi rebelde foi hippie aos 15 anos e até vendia bolsas de couro , virou ator, casou-se quatro vezes, passou a ser diretor, tem três filhas, voltou a ser ator e atualmente namora a atriz Nívea Stelmann, 23 anos mais nova que ele. Talvez por toda essa experiência, demonstre calma e serenidade ao discorrer sobre qualquer assunto. Envelhecer é um deles. ?A única coisa ruim é usar óculos para ler. É um inferno! Tenho seis espalhados pela casa e sempre os perco?, revela o ator, rindo de si mesmo.
Passos obstinados
Foi justamente o trabalho como modelo que despertou em Cássio a vontade de atuar. A cada trabalho, ele percebia que tinha de passar alguma intenção no olhar. ?Percebi que ser modelo é uma forma de atuação. Foi quando decidi?, conta. Objetivo traçado, ele não pensou duas vezes. Matriculou-se em um curso de tevê e cinema em Nova Iorque com Susan Batson, coach americana famosa por trabalhar com nomes como Nicole Kidman e Tom Cruise. Na volta para o Brasil, estudou na Oficina de Antônio Amâncio, outro preparador de atores. ?Estudei muito, me dediquei?, enfatiza.
Depois de muitos ?nãos? na tevê, e de uma turnê pelo país com a peça Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual mais sadia que a nossa, de Juca de Oliveira, Cássio teve sua primeira chance. Em 2005, foi aprovado para viver o Tadeu em Essas mulheres, da Record. O papel se tornou ainda mais interessante para ele por ser um ?bobo de época?, ter uma certa veia cômica. ?Adoro comédia. Sempre tento colocar uns trejeitos que denunciem isso nos meus personagens?, revela o marido de Danielle Winits. Na pele do vendedor da Luxus, o carioca de 29 anos tem de convencer com ar ingênuo. Mas já sonha com tipos mais exigentes, como um caipira ou um grande vilão. ?Através do vilão, podemos falar o que quisermos para o mundo. Não existe pudor?, opina, sempre com um sorriso nos lábios.
Investigação
O Domingo espetacular denuncia o drama dos mortos sem nome. Mães desesperadas procuram os filhos que foram enterrados como indigentes. Menos de 10% dos mortos considerados indigentes são identificados em São Paulo. Às18h, na Record.
Aventura
Pesadelo nas alturas, de James Becket. Com Mark Dacascos, Larry Miller e Eric Roberts. Ricky tem dez anos e uma imaginação fértil. Numa excursão com os colegas da escola, ele embarca numa viagem tumultuada e descobre que há criminosos a bordo. Ricky, que é fera em simuladores de vôo, evita um grande acidente.
Às 13h, na Globo.
MPB
O cantor Lenine é o destaque do Acústico MTV. No programa, realizado no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, o cantor pernambucano apresenta uma seleção de 11 músicas, além de três canções inéditas, gravadas especialmente para o show. Na meia hora anterior, os telespectadores podem acompanhar o making of da apresentação, desde os ensaios no Rio de Janeiro até o último dia de gravação. Às 19h, na MTV.
Épico
Coração valente, de Mel Gibson. Com Mel Gibson, Sophie Marceau e Patrick McGoohan. O filme é uma superprodução ambientada na Escócia do Século XIII. A trama conta a trajetória do guerreiro William Wallace, que liderou uma resistência contra a tirania do rei inglês Eduardo I.
Às 23h45, na Globo.
Terror
Rose red: A mansão maldita, de Craig R. Baxley. Com Nancy Travis, Julian Sands e Matt Keesar. A Dra. Joyce Reardon, professora de psicologia, conduz um time de psicólogos para dentro de uma velha mansão. Ela acredita que nela, fenômenos sobrenaturais se manifestarão, sobretudo na presença de Annie, uma garota autista de 15 anos. Seus esforços parecem dar resultado: o espírito de Ellen Rimbauer, a antiga dona da mansão, se liberta e aterroriza seus novos hóspedes.
Às 21h, no SBT.
Sertanejo
No Tudo é possível, Eliana apresenta um programa especial em homenagem a Zezé Di Camargo e Luciano. No palco, a dupla interpreta seus maiores sucessos ao longo dos 15 anos de carreira. E no quadro Pedido de fã, admiradores famosos como Daniel, Ivete Sangalo e Márcio Kieling pedem aos sertanejos que cantem suas músicas prediletas. Às 13h30, na Record.
Retratos
Giulia Gamm no banheiro e o cobiçado Fábio Assunção vestido de mulher. Famosos em situações inusitadas como essas são parte da exposição que coloca o fotógrafo carioca Jorge Bispo na mira das principais mídias do País e até do exterior.
Grandes jornais, tevês, revistas e sites o procuram, nos últimos dias, para saber sobre a produção de Retratos, à mostra até 23 de setembro, na galeria da Escola de Fotografia Ateliê da Imagem, no Rio de Janeiro, onde ele dá cursos especiais.
Nesta especial, exclusiva da Tribuna Pop, você conhece algumas das imagens da exposição, e a história de cada uma elas. O trabalho de Bispo você já conhece. Ele faz nus para a Playboy e a VIP, ensaios de moda para a Vogue, projetos exclusivos para a TPM…
A tendência do mercado editorial em recorrer aos famosos para atrair leitores criou condições para o fotógrafo produzir essas imagens, ao longo dos anos, a maioria das vezes nos intervalos das pautas para a imprensa.
A história, o estilo e a forma de Bispo encarar o trabalho são os outros fatores, que se somam ao talento do ex-editor de fotografia da Contigo! e o tornam amigo de nomes importantes da tevê, do cinema, da música e do teatro.
?Não vejo diferença em trabalhar com gente famosa. Existem pessoas e situações fáceis e difíceis em todas as áreas. Há atores muito tímidos e gente comum que adora ser fotografada?, diz ele.
Carioca, nascido numa família que vive de teatro, Bispo estudou e trabalhou para ser ator. Até que se formou em artes plásticas, curso que transformou em assunto sério a fotografia, que era apenas um hobby, para as horas vagas.
A vivência do universo artístico facilita o contato com os famosos, e ele acredita que as celebridades aceitaram suas propostas de cenas diferenciadas por conhecerem seu trabalho, serem profissionais seguros e abertos a novas experiências. ?Como todo artista deveria ser?, comenta.
Bispo fez uma série de exigências quanto à forma de uso das fotos cedidas para esta especial. A preocupação é com a possibilidade de reutilização em notícias sobre a vida desses famosos.
Algumas fotos, como a de Lázaro Ramos vestido de noiva, por exemplo, nem foram liberadas. A foto é do projeto autoral que reuniu dezenas de homens famosos produzidos como noivas pelo estilista Eduardo Roly. As peças de Álbum de casamento, conta, já foram expostas em galerias de arte de vários países, e só vão circular neste meio. ?Porque eu prefiro assim?.
Giulia Gamm, atriz
Na data em que contatou a atriz, ela disse que estaria saindo do teatro da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, onde assistiria a uma peça. A italiana Giulia aceitou a proposta de que a foto fosse feita no famoso bar Amarelinho, e topou a idéia de ser retratada numa situação típica do fim de noite de qualquer mortal: no banheiro.
Fábio Assunção, ator
Jorge Bispo lembra que queria um ator considerado bonito para compor o projeto Álbum de casamento, com 30 famosos vestindo trajes de noivas nas fotos para exposição apenas em galerias.
Gabriel era um dos artistas que já haviam posado, e como o fotógrafo não conhecia Fábio, pediu a ajuda do ator que hoje atua em Cidadão Brasileiro, na Record, amigo de infância do bonitão, para convencê-lo a participar.
Fábio viu as fotos dos outros e aderiu aos véus e grinaldas que atraíram a revista TPM, interessada em publicar o material. Decidido a ter trabalhos exclusivos para o mercado de arte, Bispo disse não, mas aproveitou os contatos para produzir o ensaio do qual esta foto faz parte, com os famosos usando vestidos de mulher.
Paulo Miklos, dos Titãs
No intervalo da sessão, Jorge Bispo pediu licença para aproveitar a produção do roqueiro e fotografá-lo dentro do que chama de um retrato clássico, o que não deixa de ser um contraste, na medida que o músico se destaca como inovador em sua área.
Nasi, do Ira!
No intervalo das fotos que mostraram o roqueiro numa cena em que ele literalme chuta o balde, Jorge Bispo aproveitou a oportunidade para registrar a expressão de Nasi numa cena comum, soltando a fumaça de um simples cigarro consumido em casa.
Matheus Nachtergale, ator
Jorge Bispo conta que conheceu Matheus em fotos para revistas que abordaram os diversos trabalhos do ator, no teatro, na tevê e no cinema. Com isso e as amizades em comum com outros artistas, os dois também se tornaram amigos.
Verdadeiro experimentador, como mostram os papéis que desempenhou, Matheus já havia participado do ensaio de Bispo com celebridades masculinas usando vestidos de noiva, também descrito no texto de Fábio.
Maria Paula, do Casseta
A cena ele já havia visto num livro estrangeiro, com uma atriz de Hollywood, e Maria Paula aprovou a idéia da foto, tirada no apartamento dela. A comediante achou a proposta divertida e ao mesmo tempo significativa para aquele momento de sua vida, de mulher moderna, com profissão e também afazeres domésticos.