Murilo Benício e Deborah Secco foram, sem sombra de dúvidas, os famosos Mais, mais ralados de 2005. Os absurdos e a lenga-lenga de seus personagens em América fez com que os dois atores fossem criticadésimos e pra lá de alvos de gozações durante todo o meio ano em que a novela fez de tudo para se arrastar.
A trama de Glória Perez também não foi poupada pela crítica, mas acabou se salvando graças aos talentos de dezenas de músicos de primeira linha que se apresentaram no Tutu do Gomes, e dos astros das historinhas periféricas, de Glauco e Lurdinha, Islene e Feitosa, Haydée e Raíssa, entre outras.
Além da crítica imprevista, por falta de carisma e de pose para convencer como peão, Benício ainda teve uma ralação extra com o fim do casamento com Giovana Antonelli, que foi seu par em O clone, grande sucesso que uniu o casal, da mesma autora de América.
Deborah Secco, historicamente considerada um baita talento da nova geração, saiu raladésima dessa novela por situações vividas pela personagem. Pela voz fanha e chorosa, pelo agarramento a um enfeite de cristal com cena de neve, pelas estranhas tentativas de entrar nos Estados Unidos, entalada no painel de um carro…
Azar pouco…
Clodovil começou e terminou 2005 num verdadeiro inferno astral. Em janeiro perdeu o emprego na Rede TV! e daí em diante tentou e não conseguiu outro. O costureiro e apresentador foi condenado na Justiça a pagar pelo menos duas indenizações, uma por danos morais e outra por estragos ao meio ambiente.
Fora isso, na metade do ano sua casa no Guarujá foi assaltada por gente que queria seqüestrá-lo. Em seguida, foi procurar tratamento para dores nas costas e encontrou um câncer de próstata para enfrentar. Fechando o ano, causou um acidente de trânsito em que foi para lá de xingado.
Bang!
A novela Bang Bang e Fernanda Lima são destaques do ranking dos ralados. A experiência como atriz na pele da protagonista Diana Bullock está colocando por água abaixo a imagem de competência de Fernanda.
Ela fez sucesso na tevê como apresentadora do canal pago MTV e no início de 2005 arriscou-se a ir para a Globo com contrato para cobrir a licença-maternidade de Angélica no Video show. Fez tanto sucesso que saltou para a novela das sete.
A Veja desta semana diz que a Globo resolveu encurtar os capítulos da trama, com o Ibope médio de 26 pontos, 9 abaixo do padrão do horário. Para alfinetar, escreve que, ao contrário da ?levíssima? Bang Bang, com Fernanda Lima, de 1,73 metro e 54 quilos, a ?pesadíssima? Belíssima, de ?atores de peso? como Glória Pires, de 1,60 metro e 58 quilos, faz 47 pontos, 2 acima da média das nove.
Briguento
Netinho de Paula sai duplamente ralado de 2005. No mau sentido, o cantor e apresentador começou e terminou o ano entrando no noticiário dos famosos por promover cenas de violência. Depois de bater na mulher, de quem acabou se separando, agrediu com um soco o repórter Vesgo, da equipe do programa Pânico na TV!.
No bom sentido, para compensar o outro, ralou bastante para produzir e lançar o que pode ser considerado o mais ambicioso projeto de tevê desenvolvido este ano, o Canal da gente, que se propõe a ter profissionais da raça negra fazendo televisão para a raça negra e para a população de baixa renda.
Traído
O humorista e apresentador João Kléber não poderia ficar de fora da lista dos Mais, mais ralados do ano. Depois de um casamento de nove anos separou-se de Wânia Barros e foi forçado a admitir em público que foi traído por ela com um ator que fazia o quadro chamado Teste de fidelidade de um dos dois programas que produziu em 2005 na Rede TV!.
?Eu sei que, no fundo, o que aconteceu comigo é engraçado. Até eu acho graça. Quando você ri de si mesmo, esgota a energia negativa. Além disso, sou um humorista. Perco até a mulher, mas não perco a piada?, declarou.
Agora, em dezembro, ele também foi traído pela falta de bom senso e ficou sem o emprego. Ministério Público e entidades de direitos humanos e dos homossexuais pediam o fim das pegadinhas que acreditavam estimular o preconceito contra gays e portadores de deficiências. No fim, a tevê ficou fora do ar, com o sinal suspenso, e ele acabou demitido.
Encrenca profissional
Pelo tanto de encrenca que eles procuram, os rapazes do Pânico na TV! até que escaparam de empatar com Benício e Secco no topo dos mais, mais. Na metade do ano foram condenados a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais a uma consultora de moda que reclamou de ter sua saia levantada e a calcinha mostrada no programa.
Depois, enfrentaram a ira de Carolina Dieckmann pelo excesso de insistência em persegui-la para que calçasse o que chamam de sandálias da humildade. Foram parar atrás das grades e impedidos judicialmente de se aproximar da casa da atriz. Fechando o ano, este mês provocaram e apanharam do cantor Netinho.