Carla Neves – PopTevê
Desde que estreou no humorístico Zorra total, da Globo, Katiuscia Canoro não pára. Além de gravar toda semana o quadro em que interpreta a “socialite” sem noção Lady Kate, a atriz ainda se dedica à sua companhia de teatro, a Colápsico. O que pouca gente sabe é que a atriz, de 29 anos, nasceu em Curitiba, mas se mudou para o Rio antes de completar dois anos de idade.
Apesar de estressada por conta do intenso ritmo de gravações, Katiuscia está feliz com o sucesso de sua divertida personagem, conhecida pelo bordão “tô pagano!”.
“A personagem tem um apelo popular muito forte. Todo mundo pede autógrafo e fala, tô pagano!’”, derrete-se.
A vocação de Katiuscia para o humor não vem de hoje. Ela conta que, desde criança, era a “palhaça” da turma. Mas, por incrível que pareça, ao longo de sua carreira artística, fez mais drama do que comédia. E confessa que só passou a ficar mais atenta a sua veia cômica em 2004, quando montou sua primeira peça de humor. “A partir dali, percebi que o meu lance era comédia mesmo”, admite ela que, entre um “só me falta o gramour” e um “tô pagano”, faz todo mundo cair na gargalhada.
A trajetória de Katiuscia é parecida com a de muitos jovens atores. Ela esperou até os 14 anos para estudar teatro e, quando subiu ao palco pela primeira vez, não quis mais sair de lá. “Adoro estar no palco, decorar texto e estudar o comportamento humano”, entrega ela, que iniciou a vida artística no projeto Ecologia, diversão e arte, em que fazia apresentações gratuitas em praias e praças cariocas. Mas foi depois de atuar no espetáculo De graça, mas tem que pagar, de Moacir Chaves, que Katiuscia foi vista por um dos roteiristas do Zorra total e apresentada a Maurício Shermann, diretor do humorístico.
Há três meses no ar como a ex-prostituta que se casou com um senador e ficou milionária, Katiuscia já está sendo comparada a grandes humoristas. Mas, como é bastante pé no chão, não se deixa deslumbrar pela fama súbita. Pelo contrário. Modesta, ela até fica tímida quando é elogiada. Tanto que deu um puxão de orelha em sua irmã caçula ao descobrir que ela estava vendendo autógrafos da Lady Kate na escola. “Ela pediu que eu assinasse uns autógrafos para ela dar aos amigos. Não imaginei que ela fosse vender. Minha irmã é uma figura!”, diverte-se.
Mundo Cruel
Fabíola Tavernard – PopTevê
Renata Dominguez só quer saber de descansar. Não é para menos. Depois de 10 meses cometendo atrocidades na pele da maléfica Valquíria de Amor e intrigas, da Record, a atriz de 28 anos se diz esgotada. “Quero sumir de circulação. Ficar em casa, em paz, viajar e reestruturar a vida”, afirma. Mas o cansaço é menor que a satisfação. Afinal, a atriz de 28 anos está para lá de feliz com a repercussão da vilã que não desistiu de atormentar a vida da irmã, Alice, de Vanessa Gerbelli, durante todo o folhetim. “É uma personagem amaleônica, imprevisível
e inconseqüente. Mas as pessoas perdoaram as maldades dela, foi um grande sucesso de público. É até preocupante essa inversão de valores”, diverte-se ela que, assim que a novela terminar, no próximo dia 23, também vai deixar a lourice de lado e assumir um tom castanho nos cabelos.
Sempre simpática e articulada, Renata reconhece que não é fácil desvencilhar-se do universo “pesado” de Valquíria. “Ela tem sentimentos que não fazem parte do meu dia-a-dia”, pontua. Um bom exemplo foi a seqüência do seqüestro de Alice, que a megera manteve em cativeiro, sem dó nem piedade.
A atriz recorda que foi difícil “desencanar” depois de cenas tão pesa,das.
Mas é justamente nas intempéries de Valquíria que a atriz diz estar sua riqueza. Por sua intensidade, a vilã exigiu muito de Renata. Mais ainda pelo excesso de autocrítica que a cerca.
Viver a grande malfeitora da trama de Gisele Joras foi ainda mais gratificante para a atriz por ser sua primeira vilã contemporânea, coisa que há tempos ela almejava. Depois de estrear na Globo em Malhação, onde ficou por três temporadas, Renata foi para a Record e de lá não saiu mais. Interpretou a malvada Branca, do remake de A escrava Isaura, depois a “patricinha” Paty, de Prova de amor. Em seguida, encarou a primeira protagonista da carreira como a motoqueira Cecília, de Bicho do mato, até ser convidada para tirar a paz dos mocinhos de Amor e intrigas. “Cada personagem trouxe algo novo para a minha vida.
A Branca trouxe prestígio. A Paty trouxe alívio, porque ali passaram a me ver como uma mulher bonita. A Cecília foi uma mistura e a Valquíria trouxe tudo junto”, compara a atriz, que tem contrato com a Record até 2010.