Os olhos verdes aliados ao semblante de ?maior abandonado? de Bruno Gagliasso poderiam afunilar suas possibilidades como ator. A cara de bom-moço do intérprete do Ivan de Paraíso tropical teria a chance de render-lhe apenas papéis de ?bonzinhos? em novelas. Mas o ator de 25 anos e sete de carreira não tem do que reclamar. Desde que estreou em Chiquititas, do SBT, coleciona bons e diferentes personagens, que variam do drama como o Inácio de Celebridade à comédia, caso do Ricardo de Sinhá Moça. ?Acho que sou um cara de sorte. E acredito que as pessoas me dêem personagens dignos de serem interpretados por um ator e não por qualquer um?, avalia.
Por isso mesmo, ele pensa que o convite de Gilberto Braga veio na hora certa. Bruno não titubeou diante da possibilidade de viver um típico bad boy de classe média carioca que, além de não se dar bem com a família, vive aprontando das suas. ?Através da ficção, Gilberto faz uma radiografia ampla de tudo que vemos hoje?, opina.
Nos próximos capítulos, Gilberto Braga vai dar ao vilãozinho a chance de se redimir e passar a ganhar dinheiro honestamente. Olavo, seu irmão mais velho vivido por Wagner Moura, lhe dará um táxi de presente. Por incrível que pareça, a idéia parte de Marion, mãe dos dois interpretada por Vera Holtz que, de cara, provou que instinto materno não é lá o seu forte. ?Acho que o Ivan exemplifica um cara que não é aceito pela mãe, e sofre por isso?, defende.
Assim que a novela terminar, em outubro, Bruno vai começar a produzir uma peça sobre a vida do pintor holandês Vincent Van Gogh. A idéia é estrear o espetáculo em que ele também vai atuar em São Paulo, no final do ano. No cinema, Bruno ainda não se aventurou. Ele só participou de um curta-metragem, As vozes da verdade, de Pedro Neschling, mas diz não ter pressa. Afinal, tudo aconteceu rápido demais em sua vida. ?Estreei na tevê cedo, com pouco tempo já fiz bons personagens, casei cedo… Tenho muita vivência para a minha idade. Então acho que só farei cinema no momento certo. Não vou atropelar as coisas?, pondera.
Fabíola Tavernard – PopTevê
Paz
Todo o material filmado durante as gravações do clássico tema pacifista Give peace a chance, de John Lennon, será lançado em DVD, pela primeira vez. A música foi gravada em 1969 na suíte 1742 do hotel Queen Elizabeth, em Montreal, no Canadá, durante o último dia do ?protesto/bed-in? de uma semana que John e Yoko fizeram contra a violência. Parte dessa filmagem, depois de editada, deu origem ao clipe da música. Mas agora ela será mostrada na íntegra.
O DVD sai no próximo dia 27 e veio direto do arquivo da Canadian Broadcasting Corporation, que inclui cenas de bastidores com John e Yoko conduzindo o evento, além de entrevistas solo com o casal. Além das cenas da gravação da música, serão incluídas também no DVD cenas do bed-in, que inclui alguns visitantes famosos, como a cantora Petula Clark, e a coletiva de imprensa dada pelo casal.
Aluguel
O roqueiro Mick Jagger, dos Rolling Stones, está alugando sua mansão no Caribe. Segundo a edição de agosto da revista TOP Destinos, a mansão, localizada na Ilha Mustique, tem decoração em estilo japonês, sala de jogos, staff de seis empregados e vista privilegiada para uma das praias mais exclusivas da ilha. Por alguns milhões de dólares, o hóspede da mansão do roqueiro corre o risco de esbarrar com um membro da família real inglesa durante um mergulho no mar ou cavalgar na praia na companhia de Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones. A Ilha Mustique foi comprada em 1958 por um aristocrata escocês e recentemente se transformou no destino preferido dos vips. Motivo: o turismo por lá é ainda escasso e nem mesmo os paparazzi descobriram o paradisíaco esconderijo.
Língua afiada
Sem papas na língua, solícita, sensível, bem-humorada e indignada com as dificuldades profissionais na área teatral. Foi assim que se mostrou a artista Nany People, em entrevista à Tribuna. Há alguns dias ela esteve em Curitiba para apresentar no Teatro Fernanda Montenegro a comédia Nany People salvou meu casamento, depois de nove anos longe dos palcos. Na entrevista, a artista contou um pouco de sua vida e de suas origens e falou também sobre o momento atual de sua carreira, que ela considera de muito aprendizado e realização.
?Com o teatro estou mostrando ao público uma Nany que ninguém conhece, sem tanta argamassa, mas nem por isso menos consistente?, brinca. Ela disse que gosta muito de fazer televisão – trabalhou cinco anos e meio no Programa da Hebe e agora está na A praça é nossa, duas atrações do SBT -, mas diz que o teatro está abrindo seus horizontes. ?Você fica muito mais conhecida na tevê, mas o teatro exige mais disciplina, concentração. Aprimorei meus sentidos no teatro?, relata.
Apesar da realização nos palcos, Nany diz que ainda há muito pouco incentivo na área e conta, sem cerimônias, que ela mesma patrocinou seu espetáculo. ?Cheque especial?, brada ela. Ela reclama que em algumas cidades a dificuldade de se conseguir emplacar uma peça de teatro é muito grande porque alguns profissionais da área não se esforçam para viabilizá-la. ?Faço propaganda da peça em vários programas do SBT, os produtores telefonam enlouquecidos, mas não tem teatro para apresentar?, afirmou.
Independente de qualquer crítica que faça, Nany realmente tem muito ânimo de trabalhar e só de conversar com ela dá para perceber o amor que tem pela profissão. ?Acho que a base da vida é a boa vontade. Muitas pessoas acham que minha vida é só festa, balada, mas se surpreenderiam ao visitar minha casa, que tem santos na parede?, brinca ela. Nany começou no rádio, trabalhou na extinta TV Manchete e na Bandeirantes, e hoje se dedica ao teatro e à televisão, no programa A praça é nossa.
Mara Andrich