O prazer nunca foi tão ofertado na forma de produtos exibidos em prateleiras ou espaços reservados de estabelecimentos que não são necessariamente intitulados de sex shops. Sabe aquela lojinha de bairro tão singela que vendia meias, roupa íntimas, pois é, muitas delas resolveram diversificar a cartela de produtos e, o resultado, foi um “boom” nas vendas.

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“Nossas clientes não querem passar pelo constrangimento de entrar em uma loja com uma vitrine apelativa e cheia de coisas que elas nem pensam em usar, porém, todas as mulheres buscam meios de temperar a relação e se sentirem mais satisfeitas e felizes”, conta a proprietária da Espaço Íntimo, Iriana Trevisan. A loja, em funcionamento há 12 anos, nos últimos quatro incluiu no estoque gel, lubrificantes e aromatizadores. Com muita delicadeza, ela e sua equipe derrubaram tabus de uma clientela, em parte, composta por senhoras com formação rígida e que passaram a recorrer a tais artifícios. “Perto do final da semana, isso vende que nem água”, afirma. “Com menos de R$ 15 já é possível criar um momento bem especial para o casal”, indica.
Crescendo

Dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme) mostram que o comércio desses itens cresce, em média, 15% ao ano e movimenta algo em torno de R$ 1 bilhão no Brasil. O percentual de crescimento do setor é ainda mais exuberante quando se observa a venda por catálogo que, por mês, registra até 33% de alta. Empresários que apostaram nesse nicho falam em aumento de até 200% nas vendas nos últimos três anos. Esse tipo de comércio se dá por meio de mostruários ou levando as mercadorias aos clientes. Segundo a Abeme, uma consultora de “brinquedinhos sexuais”, dependendo da sua habilidade, pode ganhar entre R$ 1,5 mil e R$ 6 mil por mês.
Baunilha pra ele, morango pra ela

Outro meio de penetração desses produtos no cotidiano das mulheres “de família” ou “que servem para casar” são reuniões particulares como os chás de lingerie – no lugar de chás de panela – ou cursos sobre sexualidade. A empresa curitibana No Secrets surgiu em meio a percepção dessas sutilezas do universo feminino. “Realizamos eventos personalizados para as mais diversas situações e, nisso, visualizamos o interesse das clientes em organizar reuniões que, em algum momento, agregam conhecimentos sobre a própria sexualidade”, revela uma das sócias, a psicóloga Lislaine Tocach de Mello. “Em Curitiba, ainda existe um tabu muito grande em relação aos sex shops propriamente ditos, mas aos poucos a mulher está indo atrás da sua realização em todas as áreas da vida, inclusive, no que se refere ao próprio prazer”, avalia Lislaine. “Um dos nossos objetivos é promover esse tipo de informação sem cair na vulgaridade, mostrando meios da mulher propor uma novidade para o companheiro sem chocar, usando muita delicadeza e sofisticação. Sempre recomendamos preparar o território com um aromatizador, homens ficam mais estimulados com baunilha e as mulheres tendem ao morango com champagne. Também orientamos usar uma lingerie de bom gosto, não precisa recorrer aos clichês como o fio dental e, sempre, deve-se ficar atenta até onde se quer ir para que a experiência seja ótima para os dois”, ensina.

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Para a empresária Fernanda Pauliv, da Joanah Pink -Centro de Integrado da Mulher, que há sete anos promove cursos de aprimoramento das chamadas “artes sensuais”, a venda de artigos foi uma expansão natural do negócio que fatura cerca de R$ 60 mil por mês. “O que a gente percebe é uma mudança de comportamento, as mulheres estão buscando mais o seu próprio prazer e a curiosidade feminina é um forte componente disso tudo. Elas estão cada vez mais assumindo que têm interesse em sexo e que assim como seus companheiros elas também possuem o direito ao prazer, e a realização sexual”, enfatiza Fernanda, explicando que a boutique de artigos só começou porque os produtos que ela trazia para os cursos não davam conta da demanda. Agora, além da loja física, a Joanah Pink faz vendas pela internet e, o comércio virtual, já responde por metade das vendas da empresa. “No fundo, o que elas compram é a realização de uma fantasia”, define a empresária.
Magaléa Mazziotti

Fora do comum

A busca, por vezes desmedida, em fortalecer a relação com subterfúgios pode ser recente no que tange a inclusão de artigos eróticos, que trazem recursos diferentes a todo instante, porém, em termos de comportamento não representa algo exatamente novo. É a vontade de ser especial e única para o amado que move as mulheres a assistirem quatro horas de curso, depois de uma jornada intensa de trabalho e cuidados com a casa e a família.

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“Quis deixar de ser uma mulher comum, por isso invisto no meu aprimoramento, em produtos que me deixam mais bonita e que fazem toda a diferença entre quatro paredes”, diz a comerciante de 46 anos, que não quis ser identificada, assim como as demais entrevistadas. A irmã dela, de 31 anos, casada há 12, reforça: “Faz dois anos que frequentamos os cursos e usamos artigos que ajudam a fugir da rotina e aquecem a relação com o marido. Passamos a nos sentir mais valorizadas e poderosas depois que aprendemos novas técnicas”.

Investimento pessoal

Em média, cada uma, gasta R$ 200 por mês em meios de melhorar a própria sexualidade. Dona de uma beleza angelical, a estudante de nutrição de 24 anos, conta que desde os 21 anos namora seu primeiro namorado, e as novidades do mercado erótico acompanharam a própria descoberta da sexualidade. “Sempre fui reservada, aprendi muito nos cursos e, com os aparelhos, descobri as reações e sensações do meu corpo, o que eu gostava e não gostava. Claro que senti muita vergonha quando entrei pela primeira vez em um sex shop para escolher um vibrador, mas valeu a pena, sobretudo, para o meu próprio prazer”, avalia a estudante que gasta R$ 100 por mês com isso.
Magaléa Mazziotti

Lobotomia

Lobão recebe hoje um dos personagens mais polêmicos da TV brasileira: Alexandre Frota. O ator, diretor, modelo, apresentador, cantor e agora jogador de futebol americano bate um papo com o músico que apresenta o “Lobotomia” na MTV e garante que não precisou virar evangélico para trabalhar na Record. Fala ainda sobre o arrependimento de fazer filme pornô e que as pessoas só lembram disso, apesar de ter feito muitas novelas no passado.

Mas enquanto tenta parecer sério – no programa que vai ao ar às 23h30 – Frota aparece cercado de popozudas. O protagonista de diversos ensaios nus, virou coadjuvante na sessão de fotos realizada numa casa noturna paulista ao lado de seu grupo de dançarinas sensuais, o Funk Sex. Nas imagens, Frota aparece sentado com as moças num sofá e dirigindo um ônibus, enquanto elas posam para os fotógrafos. O ensaio para a revista “Sexy” chega nas bancas dia 17 de novembro.

Transformação

Camila Pitanga fez luzes nas pontas dos cabelos. Tudo para o longa “Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios’, de Beto Brant e Renato Ciesca. Ela interpreta Lavínia, sedutora, misteriosa e casada. O protagonista é Cauby (Gustavo Machado), um quarentão que deixa São Paulo e a insatisfação profissional do trabalho como paparazzo e se instala numa cidadezinha do interior do Pará. Seu projeto inicial é fazer um livro financiado por uma bolsa de uma agência franc,esa com fotos de mulheres que vivem na região dos garimpos. Cauby se apaixona por Lavínia, que tem dupla personalidade: é devassa e casta. Ele se torna prisioneiro desse mistério e se entrega à paixão e à aventura de tentar desvendar essa mulher, fotografando as “duas’ Lavínias. O filme está sendo finalizado para estrear ano que vem.

Em tempo: Camila estará em “Insensato Coração’, novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, que substituirá “Passione’, na Globo, em janeiro. Na trama, Pitanga viverá Carol, uma boa moça, que é irmã de Alice (Paloma Bernardi).