Apesar do empenho ?físico? para entrar no clima de sua terceira personagem na tevê – fez antes Celebridade e América -, Luiza Valdetaro não se mostra lá muito preocupada com o fato de viver a mocinha da 12.ª temporada da novelinha adolescente. Desencanada como ela só, a atriz demonstra a mesma calma de trabalhos anteriores, onde viveu personagens coadjuvantes.
?A responsabilidade é ter um bom desempenho?, minimiza.
Para a carioca de 20 anos, a responsabilidade pode até parecer a mesma. Mas ela já sente, na rotina, os efeitos de protagonizar uma trama, ainda que voltada para adolescentes. Luiza teve de largar as duas faculdades que fazia, Fonoaudiologia e Interpretação, e não pode mais acompanhar a peça que produziu e dirigiu, O incorruptível, que segue viajando pelo Brasil. Além disso, os planos de atuar no teatro também foram adiados. ?Teatro pede dedicação e tempo. E essas são coisas das quais eu não estou dispondo agora?, reconhece. Palavra de quem acredita que todos os papéis trazem a mesma responsabilidade.
?Ainda estou aprendendo sobre o mundo do skate?
Como protagonista da 12.ª temporada de Malhação, que repercussão você espera de sua personagem?
A protagonista, é claro, tem uma exposição maior. E uma das coisas mais interessantes é que ela tem o sonho de montar uma pista de skate numa comunidade carente, e vai correr atrás disso a temporada toda. Tenho certeza de que isso vai repercutir de forma muito positiva. E Malhação já está há muito tempo no ar, tudo já está muito bem pensado e organizado.
O que você aprendeu de mais interessante no universo do skate?
Ainda estou no processo, porque não é de uma hora para outra que se aprende. Você não dorme e acorda no dia seguinte sabendo. Vi filmes como
Os reis de Dogtown e dei uma rodada nas pistas do Rio. E o mais interessante é saber que, no skate, não existe uma tribo só, mas várias e com uma diversidade enorme entre elas. Tem o pessoal do reggae, do rock, do hip hop, do surfe… Assim, as gírias e o modo de falar mudam muito de uma para outra. A única coisa que não muda são os nomes das manobras.
Ela não é uma ?patricinha?, como a Manu de América. Como está lidando com o fato de não ter de se produzir para entrar em cena?
Estou adorando, até porque me identifico mais com esse tipo. Para mim é ótimo não ter de fazer cabelo nem maquiagem. É só chegar dez minutos antes de gravar, vestir a roupa e pronto.
A cara do Brasil
A atriz Lívia Falcão não contém o sorriso quando fala sobre Regina da Glória, sua personagem em Belíssima.
E não só porque acha a doméstica arretada e engraçada.
É também por um certo orgulho, pois acredita que a personagem é uma espécie de síntese do povo brasileiro. ?Ela representa as minorias. A empregada, a mulher e a nordestina?, diz.
Para Lívia isso tudo ganha ainda mais importância pelo fato de ser de Recife. E foi lá, na capital de Pernambuco, que a atriz foi chamada para fazer o teste para a novela das oito. Sem muitas expectativas, ela ficou surpresa quando foi escolhida para o elenco, formado por alguns de seus ídolos. Na época, ela estava em cartaz com a peça Caetana, que mudou-se, com a atriz, para o Rio de Janeiro.
Apesar de ser a primeira experiência que teria na tevê, Lívia não teve dúvidas em arriscar a empreitada nem mesmo as diferenças entre o trabalho no estúdio e o que costumava fazer nos palcos a assustou. ?No teatro é tudo mais intenso. A tevê é mais burocrática?, simplifica. O trabalho em Belíssima é para Lívia uma oportunidade de voltar ao Rio. Ela esteve na cidade pela primeira vez há quase uma década, quando tinha 19 anos. Naquela época, conheceu importantes nomes do cinema, como Joaquim Pedro de Andrade, e trabalhou como assistente de direção do filme Faca de dois gumes, de Murilo Salles. ?Aprendi muito como atriz ao trabalhar atrás das câmeras?, afirma.
Raio-x
Nome: Lívia Maria Véras Falcão;
Nascimento: 30 de agosto de 1967, em Recife, Pernambuco;
Na tevê: gosto apenas de filmes;
Ao que não assiste na tevê: quase tudo;
Nas horas livres: cinema, praia e leitura;
No cinema: La strada, de Federico Fellini;
Música: Ne me quitte pas, versão de Nina Simone;
Livro: Roman, a biografia de Roman Polanski;
Prato Predileto: peixe grelhado;
O melhor do guarda-roupa: uma sandália prata que era da minha mãe;
Perfume: Creations, da MAC;
Pior presente: não lembro;
Mulher bonita: Fernanda Pirro;
Homem bonito: Reynaldo Gianecchini;
Cantor: Tom Waits;
Cantora: Nina Simone;
Ator: Al Pacino;
Atriz: Fernanda Montenegro;
Animal de estimação: Mocinha, uma poddle;
Escritor: José Saramago;
Arma de sedução: meus olhos, que têm cores diferentes;
Programa de índio: ficar em casa vendo tevê;
Melhor viagem: para a Europa;
Sinônimo de elegância: Paulinho da Viola;
Melhor notícia: quando descobri que estava grávida;
Inveja: acho triste a pessoa jogar energia negativa em alguém;
Ira: nunca senti. Deve tirar as pessoas do estado normal;
Gula: cometo quando tenho ansiedade ou estou feliz;
Cobiça: pode ser para coisas boas, como um corpo em paz;
Preguiça: faz parte do cotidiano. Quando estou de folga, gosto dela;
Vaidade: na profissão tem uma vaidade obrigatória. Fora dela, sou mais à vontade;
Mania: organização;
Filosofia: fazer o bem sem olhar a quem. Acho que isso volta.
Homem na moda
O calorão desanima a gente até a olhar os preços nas liquidações, mas a indústria da moda é gigante, não pára de criar fatos, como os megaeventos Rio Fashion Week e São Paulo Fashion Week, para exigir que o noticiário antecipe já o que vem aí na estação Outono /Inverno 2006. Tribuna Pop mostra hoje as principais tendências da moda masculina, de acordo com as coleções que algumas das mais famosas marcas de roupas do País apresentaram nessas passarelas nas duas últimas semanas, em desfiles repletos de gente bonita, rica e famosa.
Para essas marcas, na nova estação o homem terá que literalmente se ajustar, seja qual for seu estilo, dando adeus às calças tipo saco e bocas largas. Como as calças, as jaquetas também ficam mais justas, dentro do que o mercado chama de corte seco.
As cores são especialmente escuras: preto, marrom, verde, vinho…mas há espaço para o bege e alguma cor mais vibrante como laranja e vermelho. Coletes e chales vêm com tudo.
A alfaiataria e a risca-de-giz, com os diversos padrões de listras, roubam um pouco a cena do jeans. Os mais ousados podem dispor de tecidos prateados e dourados, ou ainda, vestir camisas com babados como a que o roqueiro Jim Morrison, do The Doors, usou nos anos 60.
Pop star
Completando 30 anos de mercado como referência de estilo jovial, que alcança desde os garotos de 12 anos até os cinquentões, a Ellus entrou com tudo na onda do preto e cinza-chumbo, dominantes na próxima estação.
Agora EllusDeLuxe, a marca vem com uma coleção masculina de corte bem seco, tanto em calças como em jaquetas. Tudo pode ter listras, e a ousadia maior está nos lenços, laçarotes e babados no estilo das estrelas do rock dos anos 60 e 70.
Vintage
Sempre ligada a padrões de alfaiataria, outra marca bem badalada, a VR Menswear, apresentou uma linha bem casual baseada em preto, branco, cinza, bege e cru.
Casacas de lã e jaquetas de couro são bem acinturadas. As sobreposições leves, com coletes e cachecóis, ganham um charme a mais com as estampas chamadas de vintage, que lembram os padrões que foram tudo na moda do tempo do vovô.
Chiquérrimo
Ricardo Almeida, o estilista preferido dos ricos e famosos que são adeptos da alfaiataria e do esporte chiques, colocou na passarela algumas das tendências mais fortes para a estação do frio.
Mostrou uma coleção com o chamado corte seco, que coloca a roupa bem próxima do corpo, tanto em calças e jaquetas, como em paletós de dois botões. Tudo isso em cores escuras, como preto, chumbo e marrom, com direito a coletes e mantas xadrez.
Na platéia do desfile, pelo menos dois cobiçados bonitões da tevê foram notados: o ator Fábio Assunção, com cabelo novo, tipo raspado e louro, e o diretor Jayme Monjardim.
Street
Entre as marcas preferidas da galera estilosa do mundo da música, a Cavalera, marca do deputado Turco Loco e do sepultura rock pesado, Igor Cavalera, apresentou uma coleção de outono/inverno com tendências fortes para a chamada moda street, que na tradução do inglês significa rua.
O estilo militar, seja na cor verde-oliva ou nos broches tipo medalha, por exemplo, vai estar com tudo, inclusive nos camuflados. Da mesma forma, tênis tipo iate e tecidos metalizados, especialmente prata e dourado, que aparecem em jaquetas e calças. Por conta da marca, tachas e mais tachas aplicadas às roupas.
Mistura
Para os rapazes que gostam de ousar, o badaladérrimo Alexandre Herchcovitch mostrou uma coleção inspirada nos príncipes. Para o estilista, isso quer dizer cortes em que a silhueta está ajustada, com direito até ao que as mulheres chamam de legging, calças que chegam a colar de tão justas.
O estilista propõe roupas com mistura de tecidos e dá destaque aos padrões metálicos e xadrez, investindo bastante nas tonalidades de vinho e bege. Para completar, aplica dourados em acessórios como o tênis e em fivelas tipo tamanho grande em cintos de couro.
Amor de verão
O Domingo espetacular dá continuidade a série Drogas na América. Na segunda matéria, o repórter Herbert Morares mostra como os traficantes agem nas cidades mais importantes dos Estados Unidos. O programa aborda também os ?namoros de verão?, já que a praia é o cenário perfeito para a paquera dos adolescentes e levanta a pergunta sobre a continuidade do relacionamento depois das férias. Às 18h, na Record.
Desfile
O mundialmente famoso desfile da marca de lingerie americana Victoria?s Secret, que aconteceu em Nova Iorque no fim do ano, conta com a participação de algumas das modelos mais requisitadas do mundo, como as tops Gisele Bündchen, Adriana Lima, e ainda um show com o cantor Rick Martin. O Victoria?s Secret fashion show mostra os bastidores, o making of e a comemoração da equipe de organizadores após o evento. Às 22h30, no SBT.
Futebol
A Record transmite hoje a volta do meio-campo Ricardinho ao Corinhtians, que vai com força total para Americana, em São Paulo, enfrentar o Rio Branco. Após quatro anos, Ricardinho está de novo no Timão. Com narração de Éder Luiz e Neto, a partida será transmitida para todo Brasil. Às 16h, na Record.
Concurso
O Pequenas empresas grandes negócios fala sobre as escolas preparatórias para concursos públicos. De acordo com consultores, os alunos recorrem às escolas especializadas na hora da prova. O programa também mostra o trabalho dos pequenos produtores de Sergipe, que conquistam o mercado com a cultura de ostras e tilápias de forma sustentável. Às 7h30, na Globo.
Pânico
O Pânico na TV volta ao vivo, direto da praia de Pitangueiras, no Guarujá. A equipe do programa vai atrás de eventos, como o aniversário da cidade de São Paulo. Mano Quietinho e Mendigo invadem a festa no bairro do Bexiga. Enquanto isso, Clodovil e Bola agitam a praia com dicas de etiqueta. Às 18h, na Rede TV!.
A comédia Tá todo mundo louco é a atração de Temperatura máxima, com Whoopi Goldberg, Rowan Atkinson e John Cleese. Em um sofisticado cassino de Las Vegas, bilionários entediados participam de uma gincana. Divididos em seis grupos, eles apostam uma corrida rumo a dois milhões de dólares, que foram deixados a 900 km do local. Às 12h55, na Globo.
Ação
Na sessão Oito e meia no cinema Cinespecial, o SBT exibe 007, Um novo dia para morrer, com Pierce Brosnan, Halle Berry e Toby Stephens. Em missão na zona entre as duas Coréias, James Bond é traído e capturado. Depois de 14 meses de torturas, ele volta desacreditado e é preso. O agente, foge e começa, por conta própria, uma caçada ao traidor. Às 20h30, no SBT.
Parabéns
29/1 – Tássia Camargo, 45 anos;
30/1 – Otávio Augusto, 61 anos;
31/1 – Lui Mendes, 35 anos;
1/2 – Adriana Lessa, 35 anos;
2/2 – Paula Burlamaqui, 39 anos, e Luiz Gustavo, 66 anos;
4/2 – Sérgio Marone, 25 anos.
Conhecido por seus inúmeros trabalhos na televisão, Otávio Augusto completou, no ano passado, 40 anos de carreira. Amanhã ele comemora 61 anos com um currículo profissional que contempla personagens dos mais variados tipos no cinema, no teatro e na televisão, como o compreensivo pai de família Alberto, de A lua me disse; o corrupto Modesto Pires, em Agora é que são elas; e atualmente o político Benedito Valadares, em JK. ?Estou sempre emendando trabalhos. Num universo competitivo como o da tevê, é um privilégio trabalhar tanto?, afirma o ator. Apaixonado por futebol, Otávio Augusto chegou a fazer parte do Polytheama, time fundado por Chico Buarque, mas teve que abandonar o esporte por causa de uma lesão na perna, há seis anos.