O senhor das 7

Quem ouve o autor Silvio de Abreu dizer – e ele diz isso sempre – que não se importa com o Ibope de suas novelas, torce o nariz, duvida. É que depois de 30 anos escrevendo folhetins, ele garante que audiência é uma coisa e sucesso é outra, bem diferente. ?Quando a novela é um sucesso, você percebe nas ruas, na venda dos produtos que ela anuncia, no corte de cabelo que as mulheres copiam, tudo. Ela sai da televisão. E quando ela não faz sucesso, fica lá. As pessoas até vêem, mas falam mal, não gostam?, explica o autor.

Silvio tem 15 novelas no currículo, fora as minisséries e programas especiais e tem, claro, sucessos e fracassos para citar. Mas se fosse para exemplificar sua tese sobre a diferença entre sucesso e audiência, nada melhor do que lembrar de Guerra dos sexos, que completa 25 anos em junho. A repetição incontável daquela cena de café da manhã, em que Fernanda Montenegro e Paulo Autran, irmãos na história, atiram comida um no outro é a prova do que é fazer sucesso.

Com Guerra dos sexos, Silvio lançou uma nova onda na televisão, a de que as novelas das 7 horas, não precisam ser sempre tão dramáticas, podem ser leves e divertidas – e que a comédia não tem de ficar confinada a um núcleo ou personagem. É nesse contexto que Silvio volta a uma novela das 7 horas, Beleza pura, que estréia semana que vem, desta vez como supervisor de texto – da novata Andrea Maltarolli. A seu favor a experiência que o consagrou como o ?senhor da novela das 7?.

Relax

Em Caminhos do coração, quem não é mutante está correndo deles. Por isso, quando se despede da doce Esmeralda, Lana Rodes só quer saber de muito ?relax? e sempre na companhia da música. A atriz paranaense confessa que, para ?desligar? das atividades diárias, aumenta o volume de seu aparelho de som com Villa-Lobos. Para ela, nada melhor que as composições do maestro carioca para desacelerar o ritmo e recarregar as energias.

O hábito de ouvir música para reenergizar vem do tempo de paquita.


Uruca

Por pouco Mario Frias e Juliana Camatti não se casam. A cerimônia marcada para 31 de janeiro teve que ser adiada para o dia seguinte por causa da chuva. Para completar, o padre não conseguiu chegar e outro foi chamado às pressas.

A troca de alianças aconteceu às 2h da matina do dia 2, na praia da Ponta do Papagaio, em Florianópolis. ?Apesar de tudo, foi como queríamos, na praia, com os pés no chão e abençoados por Iemanjá?, disse a noiva à revista Caras, nas bancas.


Mergulho

Uma piscina e Juliana Lohmann. A combinação, que promete deixar os marmanjos sem fôlego, aconteceu para uma sessão de fotos da Maceratti, marca paranaense de bebidas não-alcóolicas. A atriz, que estará em Chamas da vida, trama que substituirá Amor e intrigas na Record, fechou contrato com a empresa e foi clicada pelo carioca Rodrigo Lopes em uma piscina térmica.

Ator de deus

Se você acha que atores como Fernanda Montenegro e Antonio Fagundes são venerados aqui no Brasil, não imagina como funciona a relação dos astros com os fãs na Índia. Por lá, a palavra astro nem é usada para veteranos como eles. Na verdade, eles são deuses. ?Há templos para alguns desses atores no sul da Índia, ou seja, eles são venerados literalmente. Por isso, nunca estrelas como eles interpretam um vilão, porque isso seria inaceitável para o público?, conta Kishore Namit Kapoor, professor de uma das mais importantes escolas de atuação da Índia, que leva seu nome.

Kapoor. ?Eu amo o Shah Rukh Khan, ele é perfeito. Mas meus pais ficaram preocupados quando decidi ser ator porque é quase impossível chegar ao topo como ele por aqui?, comenta o estudante de atuação Tapan Prabhakan.

Tamanha adoração não significa que esses astros sejam bons atores. ?Não são estrelas por talento ou beleza, mas pelo carisma?, comenta Kapoor. Quem já assistiu aos filmes produzidos em Bollywood, a versão indiana de Hollywood, conta que a atuação dos deuses é melodramática e artificial (bem mais que nos dramalhões do México) e que eles estão mais para a dança do que para a interpretação.

Nos filmes de Bollywood, nunca há choros de verdade, apenas a conhecida ?lágrima de glicerina? (produto usado para estimular as glândulas lacrimais).

Achou tudo muito estranho? Então ouça isso. ?Adorar os astros aqui é como torcer para um time de futebol no Brasil. Há rivalidades entre quem ama Shah Rukh Khan e aquele que adora Aamir Khan, por exemplo. Se o filme do meu astro vai mal, chamo todos meus conhecidos para ir ao cinema ou comprar o DVD, para bater meu ?oponente??, conta Kapoor. Para ter um astro como esses num filme não custa menos do que US$ 7 milhões. Pode ser uma ninharia nos padrões de Hollywood, mas é uma fortuna na Índia.

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